Saúde de Aracaju é 1ª colocada no Norte/Nordeste

Saúde
27/08/2009 18h41
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A capital de Sergipe tem o melhor sistema saúde dentre as capitais do Norte e Nordeste do país. É o que atesta o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), medido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Com um patamar de 0,8368, numa escala de 0 a 1, Aracaju está à frente das outras 16 capitais que compõem as duas regiões e ocupa ainda a nona colocação no país.  

"Quando se tem um índice tão favorável, o maior desafio está em ao menos mantê-lo no mesmo patamar. Estamos entre as dez primeiras do Brasil, ocupando um lugar privilegiado em comparação com tantas outras boas cidades, principalmente as do Centro-Sul", destaca o secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, que avalia a análise da Firjan como "bastante interessante e proveitosa".

Os critérios observados pela instituição para obter uma avaliação sobre a saúde dos municípios levam em consideração três variantes: número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal-definidas e óbitos infantis por causas evitáveis. "A posição favorável que obtemos deve-se muito à ação da Rede de Atenção Básica [Reab]. Aracaju tem uma cobertura muito grande e poucas capitais nos superam. Essa é uma das razões diretas", observa o secretário.

Para definir o índice, a Firjan levantou dados do Ministério da Saúde (MS) do ano de 2006. De um total de 9432 nascidos vivos em Aracaju à época, 5773 passaram por sete ou mais consultas pré-natais - quantidade mínima ideal indicada pelo MS. Além disso, outros 2772 recém nascidos atingiram de quatro a seis consultas. Segundo Marcos Ramos, a abrangência da ação reflete o trabalho das 43 Unidades de Saúde da Família (USFs) da Prefeitura de Aracaju, onde são realizadas consultas pré-natais diariamente.

Causas mal-definidas

A variável 'óbitos por causas mal-definidas' é um indicador atrelado ao acesso a serviços de saúde e à disponibilidade de recursos médico-assistenciais. De 2786 falecimentos computados na capital sergipana em 2006, apenas 163 se enquadraram no critério, o que equivale a 5,9% do total. "É um ponto que anualmente estamos variando abaixo de 6,5%. Mostra que na grande maioria dos óbitos nós conseguimos elucidar a causa", afirma o secretário.

Já os óbitos infantis por causas evitáveis são definidos pelo IFDM como aqueles totalmente ou parcialmente evitáveis por ações efetivas dos serviços de saúde. "É um número que também é influenciado pela ação da Atenção Básica. Todas as vezes que controlamos melhor a incidência de diarréia, sarampo e outras doenças entre as crianças, isso repercute de maneira favorável", observa Marcos Ramos, lembrando que, em todo o ano analisado, Aracaju computou 139 óbitos infantis evitáveis.