Índices de vacinação de Aracaju superam média nacional

Saúde
03/09/2009 15h41
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Prestes a iniciar mais uma campanha de vacinação infantil, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulga o sucesso alcançado pela administração municipal quanto à cobertura vacinal de Aracaju em crianças de até um ano de vida. Desde 2007, a capital sergipana tem conseguido superar a meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS).

De acordo com a responsável pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covepi), Taíse Cavalcante, cada campanha de vacinação tem uma meta, mas sempre o percentual mínimo é de 95%. "Nós sempre nos mantivemos acima de 95% e 96%. A tetravalente, que é dada em três doses, o MS estipulou como parâmetro de avaliação para ver se realmente a criança tomou e, em 2008, nós fechamos com 99,6% de cobertura, sendo que o mínimo é 95%", esclareceu.

Taíse Cavalcante explica ainda que a cobertura da vacina BCG chegou perto de 100%. "A relação entre 2007 e 2008 foi muito boa: subiu de 99,4% para 99,6%. No caso da BCG, o município de Aracaju tem hoje uma cobertura de quase 100% porque, como ela é uma vacina oferecida no hospital logo que a criança nasce, então todas as crianças nascidas no município são vacinadas", afirmou.

Sucesso

Todas as 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município oferecem as vacinas às crianças. Dentro desse trabalho, os agentes comunitários de saúde desempenham papel importante no processo de vacinação, porque eles têm contato direto com as pessoas nas casas e orientam as mães a levarem as crianças às salas de vacinas, onde são vacinadas.

Ao todo são 128 equipes de Saúde da Família em Aracaju, com um quantitativo superior a 700 agentes comunitários de saúde que fazem o trabalho de buscar crianças faltosas e fazer com que os responsáveis as conduzam à UBS mais próxima para regularizar a situação vacinal.

Vacinas

Como forma avaliativa, o índice de vacinação é focalizado em crianças de até um ano e, para essa faixa etária, as vacinas são: pólio (contra a poliomielite); BCG (tuberculose e meningite); hepatite ‘B'; tetravalente (difteria, coqueluche, tétano e meningite); e, ao completar um ano de idade, a criança deve tomar a tríplice (contra sarampo, caxumba e rubéola).

A coordenadora de Vigilância Epidemiológica afirma que a redução de mortalidade por doenças previníveis por imunização só é possível com uma cobertura vacinal alta e homogênea, daí a necessidade de as equipes de vacinação trabalharem com base em conhecimento e práticas que tornem a sua ação o mais eficaz e eficiente possível. Mas para que isso aconteça, a população tem de cooperar.

Mortalidade infantil

Taíse Cavalcante considera que a vacinação é responsável, juntamente com outras ações, pela redução da mortalidade infantil em Aracaju. Algumas iniciativas positivas nesse sentido são o aumento do número de vacinas, da cobertura vacinal, assim como a diminuição dos casos de diarréia.

"É importante também considerar a consulta pré-natal da mãe, porque é lá que ela vai ter todas as orientações e proteção, até em relação às vacinas, para que a criança não venha a morrer de tétano. Além de toda preocupação com relação à vacinação da criança, existe todo o cuidado com o pré-natal", considera a coordenadora.

Em casos muito específicos, é detectada alergia em crianças durante a primeira dose vacinal. Contudo, esses meninos e meninas são direcionados a um Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) e, a partir daí, a criança vai tomar somente vacina especial para a característica dela.