Projeto Acolher sensibiliza pessoas em trajetória de rua

Família e Assistência Social
04/09/2009 11h59
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Diariamente a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), através do Projeto ‘Acolher: das ruas à cidadania', realiza ações junto a pessoas em situação de risco social e pessoal, proporcionando dignidade e oportunidade de uma vida melhor. Durante abordagem realizada na manhã desta sexta-feira, 4, a equipe identificou duas famílias que estavam vivendo sob a ponte do Detran.

A primeira família abordada tem residência própria no bairro Santa Maria, mas alegava que não estaria recebendo o benefício do Programa Bolsa Família e que, por isso, estava nas ruas há algum tempo. Os educadores sociais fizeram um levantamento e encaminharam a família para o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Santa Maria, para que lá o caso seja avaliado.

Já na segunda abordagem foi constatado que a família mora em uma residência localizada no bairro Santa Maria paga com recursos da Prefeitura de Aracaju. Outra irregularidade identificada foi quanto aos cinco filhos. Todos estão em idade escolar, mas não frequentam a escola. Segundo a mãe, Gisélia Santos da Silva, as crianças não estudam porque não conseguiram vaga.

De acordo com a educadora social do Projeto Acolher, Maria de Jesus Conceição Pinto, o caso já é conhecido. "Eu já havia feito o encaminhamento para o Conselho Tutelar do 1º Distrito", afirmou. Segundo ela, a situação será novamente informada ao Conselho Tutelar para que sejam tomadas as medidas cabíveis para que as crianças voltem a estudar", completou a educadora.

Mesmo morando numa casa alugada paga pela prefeitura, dona Gisélia Santos continua nas ruas da cidade mendigando porque, segundo ela, a família não tem condições financeiras para se alimentar. Para tentar reverter o quadro, a equipe do Projeto Acolher fez o encaminhamento de Dona Gisélia para a Casa da Doméstica, na tentativa de conseguir um emprego para ela. "Amanhã mesmo eu vou lá na Casa da Doméstica para me cadastrar", afirmou.

Acolhimento

Todos os dias, equipes de educadores sociais vão a diversos pontos da cidade para fazer os primeiros contatos com os moradores de rua, buscando sensibiliza-los para efetuar a sua saída gradativa daquele ambiente. Se ficar constatado que a pessoa abordada é de Aracaju e que não tem para onde ir, ela é levada ao Centro Permanente de Acolhimento, mantido pela Prefeitura, através da Semasc. Lá é oferecido apoio e acompanhamento psicossocial, enquanto a equipe entra em contato com a família do acolhido.

Para garantir conforto, a PMA disponibiliza uma estrutura que lembra aos moradores como é estar num lar de verdade. A Central de Acolhimento tem capacidade para abrigar temporariamente até 20 pessoas, que dividem tarefas básicas, como arrumação dos quartos e cuidados com as plantas.

A equipe capacitada para o acompanhamento dessas pessoas conta com nove funcionários municipais e 25 profissionais contratados através de convênio com a ONG Sociedade Eunice Weaver.