Saúde Mental de Aracaju utiliza técnicas do 'teatro do oprimido'

Saúde
04/09/2009 14h41
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A expressão corporal como forma de libertação é uma das estratégias utilizadas no cuidado com os portadores de tormentos psíquicos. Nesta sexta-feira, dia 4, na quadra de esportes do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps), profissionais de saúde mental da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) estiveram reunidos para trocar experiências e realizar apresentações em torno da técnica chamada de teatro do oprimido. O grupo estanciano de crianças `Nova Imagem` também participou do intercâmbio.

Dos serviços da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), estiveram presentes representantes dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Jael Patrício, Liberdade, Davi Capistrano, Programa Redução de Danos e a referência da Unidade de Saúde da Família (USF) Anália Pina. Cerca de 100 pessoas compareceream às atividades.

Com a programação, a intenção é multiplicar e praticar as orientações passadas durante o Curso de Teatro do Oprimido, já ministrado em dois módulos na cidade de Aracaju para a Rede de Atenção Psicossocial (Reap), por uma equipe de profissionais do Rio de Janeiro (RJ).

O curso de Teatro do Oprimido traz renomadas técnicas criadas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, utilizadas em cerca de 70 países. O objetivo das atividades é a desmecanização física e intelectual dos participantes. "A democratização e o fortalecimento da cidadania são as principais tônicas desse projeto, que visa à participação ativa das camadas oprimidas da sociedade", informa a gestora da Reap, Kátia Aragão

A idéia é montar cenas baseadas em histórias reais vividas pelos usuários da rede e apresentadas por eles mesmos."São cenas de opressão vivenciadas no cotidiano do usuário para que ele aprenda novas formas de saber como lidar com as situações de conflito", complementa Kátia Aragão.