Por Marina Lopes (estagiária)
Atender bem o cidadão. É para isso que 12.240 servidores públicos da Prefeitura de Aracaju trabalham diariamente em diversas unidades municipais. Seja nas escolas, no trânsito, ou em qualquer repartição pública, os aracajuanos sempre encontram servidores dedicados e dispostos a ajudar.
Quem chega ao Parque Augusto Franco (Sementeira), por exemplo, é logo recebido com uma saudação entusiasmada na portaria. Manoel Messias dos Santos Filho, mais conhecido como ‘Seu Messias', é servidor da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) há 20 anos e já passou por diversas funções. Hoje trabalha como porteiro e garante que é o cargo ideal para ele.
"Eu gosto bastante do meu trabalho porque eu aprendo muito com as pessoas que passam todo dia aqui na portaria. A gente convive diariamente com pessoas de todas as classes sociais e de todas as idades, aí aprende a respeitar a todos igualmente, e as pessoas acabam reconhecendo isso", afirma.
A receptividade carinhosa de Seu Messias já lhe rendeu muito mais que elogios. Certa manhã ele foi surpreendido por um convite inusitado para protagonizar um curta-metragem. Segundo ele, um jovem morador da região que sempre fazia caminhadas no parque ficou interessado em registrar o cotidiano do personagem, que já é marca registrada do local.
"Ele me contou que saía de casa às vezes até aborrecido, mas que mudava de astral depois que passava por aqui. Um dia ele veio, me pediu pra filmar e é claro que eu deixei, fiquei até lisonjeado. Não é todo dia que o trabalho de um porteiro é reconhecido assim, né?", brinca seu Messias, contando que também ganhou uma cópia do vídeo, intitulado ‘Bom dia, Seu Messias'.
Mas o prestígio, para Seu Messias, nunca foi prioridade. O prazer em tratar bem as pessoas e servir os cidadãos é um sentimento que ele sempre carregou consigo. "Todo servidor público deve tratar bem a todos. Se não fosse pelo povo nós não estaríamos nesse emprego, então é para o povo que nós trabalhamos", enfatiza.
Na escola
O cargo que, para muitos, é motivo de estresse por conta dos problemas cotidianos, a pedagoga Valmira Rosenda Santos ocupa com satisfação. Coordenadora pedagógica há cerca de sete anos, ela trabalha desde 2008 na Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Rachel Cortes Rollemberg. Seu lema é ‘Responsabilidade, compromisso e respeito ao próximo'.
Com um sorriso sincero e muita alegria para recepcionar quem chega à escola, ela revela que é apaixonada pelo seu trabalho. Embora precise lidar diariamente com problemas de diversas crianças, pais e professores, Valmira garante que sempre procura tratar todos com carinho e atenção.
"Tento ter um relacionamento harmonioso com todos aqui na escola, para mim todos têm a mesma importância. Eu às vezes tenho meus problemas pessoais, mas não posso trazer isso de jeito nenhum para meus colegas de trabalho ou para os alunos e pais. Faço questão de nunca deixar transparecer isso", afirma.
O amor pelo trabalho é o maior aliado da coordenadora, que tem confiança no que faz. "Fui aluna de escola pública, me formei em universidade pública e agora trabalho aqui porque é nisso que eu acredito. Eu acredito na educação pública e acredito que é possível fazer um bom trabalho para isso tudo dar certo", revela.
No convívio com os colegas de trabalho, Valmira também se mostra uma profissional exemplar. Segundo a professora Maria Cleia Farias, o bom relacionamento com a coordenadora serve de estímulo para o desempenho da equipe. "Eu nunca a vi de mau humor aqui. Ela nos trata tão bem que a gente se sente até na obrigação de não decepcionar", comenta.
No trânsito
Outro exemplo de bom servidor é o agente de trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) Jailton Nascimento. Cheio de alegria, desde 2005 ele ordena o tráfego em vias de vários pontos da cidade nos horários em que o trânsito fica mais complicado. Durante mais de 10 anos ele trabalhou como auxiliar administrativo de uma escola particular, mas confessa que estar atuando na rua e lidando com diferentes pessoas é o que ele sempre sonhou em fazer.
"Uma das coisas que mais me atraiu foi o trabalho dinâmico. No trânsito, a gente sempre trabalha em locais diferentes, atendendo pontos que mais precisam de ordenação naquele dia. Eu gosto de lidar com as pessoas, gosto de estar ao ar livre. Quando a pessoa faz o que gosta sempre faz com prazer", afirma.
O respeito a todos vem em primeiro lugar no cotidiano de Jailton. Ele conta que faz questão de cumprimentar as pessoas e tratá-las com simpatia, mesmo que não haja reciprocidade. Para ele, no trânsito todo mundo é igual, com os mesmos direitos e deveres.
"No trânsito eu tenho que lidar com todo tipo de pessoas, e eu procuro fazer isso com alegria porque eu sou um servidor público. Sou servidor do médico, do pedreiro, do desembargador e do carroceiro. É minha obrigação tratar todos com a mesma alegria e educação, com igualdade", explica.