Estudantes aprovam palestra sobre violência no trânsito

Transporte e Trânsito
21/09/2009 19h44
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Barulho e distração típicos de um ginásio de esportes deram lugar ao silêncio e concentração protagonizados por quase 1000 alunos das redes pública e particular de ensino, que estiveram durante toda a tarde de segunda-feira, 21, no ginásio Charles Muritz. O que prendeu a atenção de tantos jovens não foi nenhum evento esportivo, mas a presença do mestre em sociologia Eduardo Biavati, da Universidade de Brasília (UNB), convidado da Prefeitura de Aracaju como membro integrante das ações de conscientização na Semana Nacional do Trânsito.

O especialista em educação para o trânsito abordou o tema ‘Juventude e trânsito- corpo, cidadania e liberdade responsável' e proporcionou aos estudantes uma tarde de conhecimento e conscientização. Com uma linguagem voltada para esse público, expôs, através de vídeos, ilustrações e dados estatísticos, as estatísticas das colisões e suas respectivas  causas e efeitos provenientes das inúmeras imprudências que condutores e passageiros cometem corriqueiramente dentro de um veículo antes e após encarar o trânsito.

De acordo com Biavati, a educação começa nas escolas e, em todo o país, a aliança de educação para o trânsito e instituição de ensino deixa a desejar. "Embora os pais sejam durante muitos anos na vida do jovem o modelo de exemplo e esse modelo seja seguido, chega um momento em que essa realidade muda e o jovem passa a receber outras influências e isso vem acontecendo cada vez mais precocemente. A escola  é o segundo lar de crianças e adolescente, ali é o dia-a-dia delas e lá a mensagem teria um efeito positivo quanto a prudência que esses futuros condutores devem ter", comentou.

Para Alifi Santos da Silva, 15 anos, aluno da escola José Conrado de Araújo, o momento mais impactante da palestra foi ver a sequência de ilustrações. "Na hora que eu vi as cenas do que acontece com uma pessoa que está no banco de trás do carro, mostrando que ela geralmente não morre, mas fica sem nenhum movimento, eu fiquei pensando que deveria ser obrigado a usar o cinto atrás também porque a pessoa pode até matar quem está na frente e com o cinto", reconheceu.

Já Bruno de Jesus, 13 anos, da escola Presidente Vargas, afirma que o que mais chamou a atenção dele foi a diferente abordagem que o palestrante deu ao tema.  "Ele não ficou falando as mesmas coisas, se beber não dirija, use o cinto senão você morre, ele mostrou no telão o que vai acontecer com quem fizer isso. Os vídeos de meninos e meninas sem andar porque achavma que nada nunca ia acontecer com eles foi o que mais gostei. Foi uma palestra diferente", completa.