O ritmo frenético das atividades e outras dificuldades enfrentadas pelo trabalhador no dia a dia podem causar vários problemas psicológicos. Diante desse risco iminente, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) resolveu debater o assunto durante uma oficina iniciada nesta quarta-feira, 23, no Radisson Hotel.
O evento prossegue até esta quinta, 24, e reúne profissionais da Rede de Atenção à Saúde do Trabalhador (Reast) e Rede de Atenção à Saúde Mental (Reap). Também participam da oficina representantes de Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. A idéia é promover a troca de experiências e mostrar o que está sendo feito nesses estados com relação ao tema.
De acordo com a coordenadora da Reast Municipal, Jane Curbani, a oficina traz subsídios para discutir o diagnóstico, a notificação e o atendimento dos casos de transtornos mentais originados nas atividades laborais. "Já tratamos casos de motoristas de ônibus que largaram o emprego por terem sido assaltados enquanto trabalhavam", exemplifica. "Temos que cuidar dessas situações onde há desgaste não só físico, mas também mental", complementa.
O coordenador nacional da política de Saúde do Trabalhador, Carlos Vaz, que participa do evento, elogiou o trabalho desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju. "O Ministério da Saúde está definindo um protocolo que estabelece diretrizes concernentes ao assunto. A cidade de Aracaju entra nesse processo como uma das pioneiras e une esforços para fortificar a atenção à saúde mental dos trabalhadores", comenta.