Nesta quarta-feira, 23, a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) da Prefeitura de Aracaju completa 34 anos de existência. Como parte das comemorações, a Agência Aracaju de Notícias (AAN) conversou com o presidente do órgão, engenheiro Paulo Costa, sobre o crescimento da empresa, investimentos e as obras que estão em execução na capital.
AGÊNCIA ARACAJU DE NOTÍCIAS (ANN)- Nestes 34 anos, que momentos foram determinantes para marcar a história da empresa?
Paulo Costa - A Emurb passou por um importante processo evolutivo. A empresa cresceu investindo na valorização do servidor, na ampliação da capacidade produtiva e na melhoria da qualidade de vida da população. Destacadamente nos últimos dois anos, realizamos obras que alteraram a paisagem urbana da capital. A construção do Viaduto Jornalista Carvalho Déda é, sem dúvida, nossa mais importante obra. Tivemos também um volume de investimentos significativos na valorização do patrimônio histórico, como a reurbanização da Praça Fausto Cardoso e a urbanização da Praça Tenente Domingues Fontes, onde fica o antigo Farol da cidade.
AAN - Que projetos a Emurb tem para serem concretizados?
PC - Continuamos trabalhando! A construção da ponte sobre o rio Poxim é um exemplo de que o município tem condições de gerir obras com um alto grau de complexidade. Estamos preparados para os novos desafios e temos projetos que o prefeito Edvaldo Nogueira vai realizar que serão marcos importantes na administração da cidade.
AAN - A cidade está crescendo, o volume de carros aumentou muito e já começa a ter necessidade de criar e construir novos caminhos para facilitar a vida dos aracajuanos. E a ligação da avenida Geraldo Sobral com o Augusto Franco? Ainda tem se falado pouco dessa obra, que será uma passagem embaixo da avenida Tancredo Neves...
PC - Esta é mais uma obra importante para o desenvolvimento e da ampliação da malha viária da capital. Ela faz parte de um complexo conjunto de intervenções do qual a ponte sobre o rio Poxim também faz parte. Ela vai estabelecer uma importante rota de acesso ao conjunto Augusto Franco e, posteriormente, ao novo bairro, vizinho ao Santa Maria, dinamizando o tráfego e impulsionando o crescimento da cidade.
AAN - Aracaju cresce em direção à Aruana e a população se queixa da ausência de serviços na zona de expansão, sobretudo dos projetos de micro e macro drenagem. Isso pode mudar neste ano?
PC - A zona de expansão de Aracaju corresponde a uma área que chega a marca de 40% de todo o território. A Prefeitura está preocupada com a região, tanto que temos projeto de macrodrenagem para a área que vai até a AABB [Associação Atlética Banco do Brasil], além de um amplo estudo de bacias para as demais regiões. Neste momento estamos trabalhando em um projeto de infraestrutura para o povoado Areia Branca, no Mosqueiro. Todas essas iniciativas representam o compromisso que a administração municipal tem com aquela população.
AAN - A prefeitura tem buscado ordenar as ocupações ilegais, como ocorreu na Coroa do Meio. Esse projeto chegará a outras áreas da capital?
PC - As zona de risco sempre foram um importante foco de preocupação para a administração municipal. Hoje estamos construindo, em parceria com o Governo Estadual e Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), dois grandes complexos habitacionais no bairro Santa Maria e no Coqueiral. Em breve, estaremos entregando as residências e solucionando um problema social que até, então, parecia insanável. Isto tudo graças a uma parceria que está dando certo: Município, Estado e União.
AAN - Como está o processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju?
PC - O Plano Diretor, atualmente, está sendo revisado pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Condurb), que é presidido pela Secretaria Municipal de Planejamento. Já estamos na reta final e em breve estaremos enviando o resultado das discussões para a apreciação da Câmara dos Vereadores. Ele é, sem dúvida, uma conquista para o município.
AAN - É verdade que a Prefeitura está estudando a possibilidade de criação de um Centro de Atendimento ao Cidadão para atendimento aos processos de licenciamento de obras?
PC - Esta é uma iniciativa do prefeito Edvaldo Nogueira que a Emurb já está dando andamento. Concluímos o projeto arquitetônico e estamos elaborando os projetos auxiliares para a construção da Central de Atendimento ao Cidadão, que será aqui na sede da Emurb. A central vai agregar os diversos órgãos responsáveis pelo licenciamento de obras na capital em um só lugar. Hoje quem deseja construir tem de passar pela Adema, SMTT, Corpo de Bombeiros e Emurb. Esse processo será dinamizado com a construção do Centro que vai concentrar esses órgãos em um só espaço, trazendo conforto ao cidadão e agilidade aos processos.
AAN - Hoje a gente sabe que o investimento na qualificação profissional é uma das marcas de sucesso das grandes empresas. O que a Emurb tem feito nessa área?
PC - Sem dúvida, o sucesso da Emurb se deve ao desempenho de seus servidores. Sem eles, a empresa não seguiria em rumo ao futuro. Nestes 34 anos, passamos por um processo intenso de capacitação de nosso quadro de recursos humanos. E não só isso: também temos um conjunto de projetos voltados para a valorização do servidor. Hoje o nosso grupo de Coral já possui um cd, temos o incentivo à prática esportiva e construímos uma ampla área de interação social. Tudo isso para estimular o trabalho de nossos operários, uma iniciativa que se reflete na qualidade do serviço prestado à população.
AA - A tecnologia está a favor das empresas. Existem ferramentas eletrônicas que auxiliam nos processos de fiscalização, para contenção de invasões e outras irregularidades. A Emurb tem acompanhado esta tendência?
PC - Para acompanhar o crescimento da cidade, a empresa vem investindo na informatização dos setores com a aquisição de novos computadores e equipamentos de GPS. Atualmente estamos capacitando os servidores para utilizar com mais eficiência as novas tecnologias que estão sendo gradativamente implantadas. Esse é um processo que sempre estará em curso, porque não podemos parar no tempo. O investimento deve ser permanente. Hoje temos uma média de um computador por funcionário. Nosso desafio é manter as metas de crescimento, sem esquecer a valorização dos servidores, a responsabilidade social e o nosso compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população aracajuana.