Inúmeras denúncias levaram a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) da Prefeitura de Aracaju a realizar uma operação especial de apreensão de animais no bairro Santa Maria. Os trabalhos aconteceram nessa quinta-feira, 24. O objetivo foi reduzir a presença de animais soltos e maltratados nas vias públicas, fato que vem incomodando moradores da localidade, que registraram várias queixas no Ministério Público Estadual (MPE) e na Emsurb.
Além da apreensão de animais, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos também realizou um trabalho de limpeza e recolhimento de entulho e do lixo na rua 25. A operação contou o apoio de dois caminhões boiadeiros, um caminhão guincho, uma caçamba e um caminhão de lixo.
Para conseguir realizar o trabalho, a equipe da Emsurb teve o acompanhamento da Polícia Militar (PM). Três viaturas realizaram a escolta. De acordo com o coordenador do setor de Apreensão de Animais da Emsurb, Edvaldo Santos, a presença da polícia foi necessária pela dificuldade de realização da operação no local.
"É complicado fazer apreensões no Santa Maria porque não é só o proprietário do animal que resiste. Pessoas que estão próximas, parentes e vizinhos se juntam e acabam formando uma aglomeração, a fim de impedir o recolhimento do animal. Várias vezes já viemos ao local e voltamos sem sucesso, por causa dessa mobilização", contou Edvaldo.
Ao todo, foram apreendidos no bairro Santa Maria nove animais e três carroças em situação irregular. "A maioria dos animais se encontra muito doente. Um deles está com um problema grave no pêlo. Todos serão levados ao curral da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e tratados por veterinários. Já as carroças não estavam com a situação regularizada junto à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito [SMTT]", explicou Edvaldo.
Animais
Por circular de forma indevida nas ruas, os animais soltos podem causar acidentes e até mesmo transmitir doenças, nos casos mais críticos. Por isso, a Prefeitura de Aracaju mantém o serviço de apreensão de animais de carroça - cavalos, bois, burros e jumentos, entre outros. Todos são levados para o curral da Emsurb.
Construído e mantido com recursos municipais, o espaço oferece tratamento específico para cada animal, de acordo com suas condições físicas. "Nós os alimentamos com capim, farelo e outros tipos de alimentos. Os bichos mais doentes são isolados para receber tratamento específico com acompanhamento veterinário e alimentação diferenciada", explica o responsável pelo setor, José Geraldo da Silva.
Resgate
Os proprietários dos animais recolhidos têm um prazo de 15 dias para se identificar e realizar o resgate, mediante pagamento das taxas estabelecidas. "O dono deve pagar uma taxa de apreensão, que custa R$ 29,70. No caso de o mesmo animal ser apreendido novamente, a segunda taxa é de R$ 59,40. E, para cada dia que o bicho permanece no curral, é cobrado o valor de R$ 15", informa.
No entanto, se após o período de 15 dias, caso não haja resgate, o animal é disponibilizado para adoção. "No caso dos mais doentes, nós deixamos ele aqui por um tempo, até ser tratado por completo. Se ele estiver saudável, em boas condições, e o dono não vier buscá-lo, colocamos à disposição dos interessados, que são muitos", explica Rogério, responsável pelo curral.
