Representantes das secretarias de Saúde do estado e do município participaram nesta quinta-feira, 1º, de uma audiência no Ministério Público Estadual (MPE) com o objetivo de passar informações sobre os trabalhos de prevenção e combate à dengue em Aracaju e em Sergipe. Os técnicos também fizeram uma análise do atual quadro da doença.
A coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Taíse Cavalcante, informou até agosto deste ano foram confirmados em Aracaju 287 casos de dengue, o que significa uma queda de 97,26% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2008 foram registrados oito óbitos em decorrência da doença contra nenhum caso em 2009, até o momento.
Para ela, a queda reflete o trabalho comprometido e contínuo da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), em parceria com a sociedade e com todos os outros atores responsáveis pela diminuição do número de casos de dengue. "Todas as ações implantadas no ano passado estão sendo intensificadas este não", enfatizou Taíse.
A coordenadora informou ainda que todas as recomendações do MPE estão sendo atendidas pelo município, como a continuidade da força-tarefa, disponibilidade de hidratação nas 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS), coleta de sangue para detecção precoce da circulação viral, entre outras medidas adotadas desde 2008.
Todas as ações foram mantidas, mas o larvicida aplicado pelas equipes de combate à dengue foi modificado. Em setembro, o Ministério da Saúde (MS) detectou resistência da larva ao produto anteriormente utilizado. O atual não é biológico como o anterior, entretanto inibe unicamente o hormônio de crescimento do inseto, sem causar outro tipo de dano.
Plano
Na audiência, foi entregue ao MPE uma cópia do Plano de Intensificação para Prevenção e Controle da Dengue 2009/2010, além do Boletim Epidemiológico da Dengue até a 25ª semana de 2009. De acordo com a promotora de Justiça Miriam Teresa Cardoso, o MPE tem o dever de acompanhar os trabalhos tanto na esfera municipal quanto na estadual.
"Esta audiência é, na verdade, uma forma de fazer um acompanhamento. Chamamos as secretarias municipal e estadual de Saúde para que elas nos forneçam as informações necessárias acerca das atividades que estão sendo efetivadas e da realidade do estado e do município", disse a promotora.
As reuniões costumam acontecer de seis em seis meses. "Como hoje a dengue está controlada em nosso estado e na capital, as audiências tendem a ficar mais esparsas. Mas se houver alguma intercorrência, nós marcaremos encontros com menor lapso temporal", completou a representante do MPE.
