PMA premia atletas da I Olimpíada Intergeracional

Família e Assistência Social
28/10/2009 15h43
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Na manhã desta quarta, dia 28, o espaço do salão de festas do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Gonçalo Rollemberg Leite, no bairro José Conrado de Araújo, ficou pequeno para tanta euforia. O motivo da animação foi a entrega de troféus e medalhas aos atletas da I Olimpíada Intergeracional, realizada pela Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semasc).

Iniciada no dia 1º de outubro, a olimpíada reuniu crianças e idosos de todas as idades inseridos em projetos sociais, como o Programa do Idoso, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). A secretária municipal de Assistência Social, Rosária Rabelo, disse que as expectativas foram superadas, graças ao desempenho e à dedicação dos participantes.

"Antes nós fazíamos a olimpíada dos idosos, mas este ano resolvemos inovar. Esse torneio entre diferentes gerações é importante para integrar os jovens e os idosos no mesmo círculo de atividades. Percebemos que essa aproximação realmente foi incrível. Vemos de perto o fortalecimento das relações entre idosos, jovens e crianças, principalmente entre as famílias, já que na mesma olimpíada temos avôs, avós, netos e sobrinhos, entre outros", afirmou a secretária.

Durante 21 dias de competição, 1.100 atletas disputaram medalhas em 14 modalidades com dedicação, garra e espírito esportivo. Atividades como dama, voleibol, dominó, baralho, boliche e futsal movimentaram a rotina das famílias assistidas pelos Cras, Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas) e Unidades Socioeducativas (Uses) dos diferentes bairros.

Para cada modalidade, foram entregues três medalhas: de ouro, de prata e de bronze, para o primeiro, segundo e terceiro colocados, respectivamente. As instituições que levaram medalha de ouro em cada esporte receberam o grande troféu.

Premiação

Na entrega dos prêmios, as famílias e os amigos dos atletas se encarregaram de fazer a festa. A instituição que obteve o maior número de medalhas, a USE São Conrado, localizada no bairro de mesmo nome, apresentou sua torcida organizada.

Com alguns troféus em mãos - recebidos pelas medalhas de ouro nas modalidades vareta, dança de salão e voleibol -, a coordenadora da USE São Conrado, Marluce Rosa Ferreira, não escondia o orgulho e a emoção.

"As mudanças geradas pelo esporte são percebidas através do comportamento dos meninos. Muitos deles não se acordavam cedo para outras atividades e hoje estão todos aqui, participando. Graças ao apoio da Semasc, temos avançado bastante", disse Marluce.

A integração entre crianças e idosos ficou visível durante a premiação. Ao exibir medalhas de ouro obtidas na dança de salão intergeracional, Maria Estácia dos Santos, 60 anos, e Josevan Bispo, 12, declararam estar concretizando uma bela amizade.

"Nós moramos no mesmo bairro [São Conrado], mas só nos conhecemos no grupo. A partir de agora, continuaremos mantendo contato. É a primeira vez que participo da olimpíada e adorei", declarou o medalhista Josevan.

Para Estácia, cada participação significou o aperfeiçoamento de seus talentos. "Já participei duas vezes da Olimpíada dos Idosos, e juntando com essa são três. Na primeira, eu até ganhei medalha de prata. E agora, essa de ouro. Sou praticamente uma bailarina", afirmou a moradora do bairro São Conrado.

Diversidade

O sucesso da Olimpíada Intergeracional, entre outros fatores, pode ser medido pela diversidade de modalidades esportivas. Além de atividades de lazer, como a dança de salão, a Prefeitura de Aracaju também abriu espaço para os esportes de equipe, como o voleibol, o futebol e o futsal, além de ter dado prioridade aos jogos que exigem mais inteligência e raciocínio, como damas, varetas, dominó e baralho.

O pequeno morador do bairro Farolândia, Rafael Silva Santos, de 11 anos, estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Nossa Senhora Aparecida, conquistou medalha de ouro no jogo de damas, mas também faz bonito em outros esportes. "Já ganhei bronze no futebol, e agora estou levando essa de ouro pra casa. E olhe que eu treinei pouco, viu? Minha família não pode vir, está trabalhando, mas quando eu chegar em casa vou mostrar a todo mundo", disse Rafael.