A diarréia ainda é uma das principais causas de morte no Brasil. O Ministério da Saúde (MS), com o intuito de reduzir os índices de óbito por síndromes diarréicas agudas, vem capacitando os profissionais que atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF) de todo o país. Na tarde desta quinta-feira, 29, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Aracaju (Covepi) reuniu profissionais das USFs de Aracaju para discutir a operacionalidade do plano de manejo do paciente com diarréia no município.
O encontro aconteceu no Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps). Cerca de 25 trabalhadores participaram da reunião e cada unidade de saúde foi representada por um enfermeiro ou gerente. Na oportunidade, foram discutidos aspectos técnicos ligados à implantação do plano de manejo de paciente com diarréia. Cada profissional presente foi instruído sobre os trâmites a serem seguidos em casos suspeitos ou confirmados da doença.
A enfermeira da Covepi, Maria Antônia Dávila, explicou que procedimentos devem ser adotados. "O profissional da saúde vai avaliar o estado do paciente, questionando há quantos dias ele vem apresentando os sintomas e se o número de evacuações tem aumentado. A partir daí ele avaliará o estado de hidratação do paciente, classificando em níveis de gravidade: A, B ou C. O tratamento é administrado conforme a categoria estabelecida pelo manejo do paciente com diarréia", esclareceu.
Plano de manejo
Segundo o plano de manejo estabelecido pelo Ministério da Saúde, o paciente que estiver com possíveis sinais de desidratação deve passar por um período de observação na unidade de saúde. "Caso seja percebida melhora no quadro do paciente, ele será submetido à reidratação, sendo liberado logo após o procedimento. Mas, se o paciente chegar com sinais graves de desidratação, deverá passar por terapia de hidratação venosa, que acontece na própria USF ou em uma unidade hospitalar", detalhou Maria Antônia.
Nas unidades de saúde serão realizadas ainda orientações acerca do preparo caseiro do soro de reidratação, que é disponibilizado gratuitamente em todas as unidades de saúde, e da importância da ingestão de líquidos, mais do que o habitual, durante o período da doença diarréica aguda, que dura no máximo 14 dias.
Registro
Todas as informações colhidas durante o processo de acolhimento e tratamento do paciente vão ser registradas numa ficha, que é repassada para a Covepi semanalmente. Esses dados vão consolidar informações precisas com relação ao número de casos, faixa etária de maior ocorrência e locais de maior incidências.
Na Covepi, esses dados vão alimentar o Sistema de Vigilância Epidemiológica das Doenças Diarréicas Agudas (Sivep/DDA). O sistema vai permitir que se faça uma avaliação do comportamento das doenças diarréicas no município de Aracaju, para detecção de anormalidades e do tipo de agente que está circulando.