Falta de consciência dificulta limpeza do mercado

Serviços Urbanos
11/11/2009 15h10

Todos os dias, 73 profissionais contratados pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) trabalham duro para limpar a região dos mercados centrais de Aracaju. Durante 12 horas por dia, eles se revezam entre os mercados Albano Franco, Antônio Franco e Thales Ferraz, com a missão de recolher o lixo e deixar tudo em ordem.

"Além de fazer a varrição, as equipes lavam a área de venda de peixe e carne todos os dias, e uma vez por semana os mercados são todos lavados por completo", afirma a gerente de Abastecimento da Emsurb, Silvana Gomes. No entanto, o trabalho torna-se mais difícil por conta da falta de compreensão de alguns comerciantes.

Segundo Silvana, os chamados permissionários - vendedores que têm a autorização da Prefeitura de Aracaju para comercializar em espaço público - costumam sujar o local assim que as equipes finalizam seus trabalhos. "O maior problema que temos hoje é com a falta de educação de alguns feirantes. Eles não colaboram nem um pouco com o asseio do local. As pessoas reclamam, mas não ajudam a manter os mercados limpos", lamenta a gerente de Abastecimento da Emsurb.

Nem mesmo os sanitários escapam da falta de colaboração dos cidadãos, sejam eles comerciantes ou consumidores. "Nós estamos terminando uma reforma geral nos banheiros, com tudo novo. Mas, antes de acabar o serviço, já foram furtados vasos sanitários e luminárias. Fica difícil fazer melhorias se a população não ajuda", destaca Silvana.

Ela afirma ainda que, apesar dos contratempos, o trabalho da Prefeitura de Aracaju na área da limpeza urbana é bastante elogiado e deverá ser utilizado como modelo em outros estados. "No dia 22 de outubro, recebemos a visita do Sebrae de Maceió. Eles elogiaram bastante a nossa organização e o trabalho de limpeza. Já adiantaram que vão voltar com uma caravana de 40 permissionários de lá para observar nosso trabalho como exemplo a ser seguido. No entanto, os próprios permissionários daqui não valorizam isso", diz.

Lixeiras

A permissionária Iolanda Oliveira Santos, 27 anos, mantém uma banca na Passarela das Flores. Ela reconhece o trabalho das equipes de limpeza da Emsurb, mas confessa que não contribui com a manutenção. "Eu coloco o lixo no chão mesmo, porque a lixeira fica longe. Até mesmo quando vou para casa, não junto nada, porque o pessoal que limpa passa toda hora. Eles limpam direitinho e estão sempre passando por aqui", confessa a comerciante, ao mesmo tempo em que joga pétalas de flores no chão.

O representante da Emsurb Alfredo Sobral, que acompanha de perto o trabalho de limpeza dos mercados, diz que há dificuldades até mesmo para manter as lixeiras no local. "Nós instalamos recipientes em todas as áreas do mercado, justamente para evitar que as pessoas joguem lixo no chão. Mas, em festas como o Forró Caju, por exemplo, vários deles somem ou aparecem quebrados. É difícil controlar o fluxo de pessoas. O que fazemos é colocar guardas municipais para inibir depredações", afirma Alfredo.