Professores participam de oficina para combate ao Caramujo Africano

Professores da rede municipal de ensino estão participando nesta quinta-feira, 19, da ‘I Oficina de Multiplicadores para o Combate ao Caramujo Africano Achatina Fulica', que acontece na área de proteção ambiental do Morro do Urubu, no Parque da Cidade. No local, agentes de saúde e representantes de escolas públicas, da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), do Pelotão Ambiental e lideranças comunitárias estão recebendo uma formação para se tornarem agentes multiplicadores de informações no combate ao africano ‘Achatina fulina'.

A cerimônia de abertura da oficina contou com a participação da coordenadora de projetos da Secretaria Municipal da Educação (Semed), Valdinete Paes. Segundo ela, a intenção é alertar os participantes quanto aos riscos causados pelo animal. "Os professores estão recebendo orientações que servirão de subsídio para a execução dos trabalhos pedagógicos voltados para alunos e representantes de suas comunidades. Será construído um plano de ação adaptado à realidade de cada região beneficiada", ressaltou.

Segundo a palestrante Jacqueline Vasconcelos, do Núcleo de Educação da Diversidade e Cidadania (Nedic), os caramujos africanos são da espécie herbívora generalista. Geralmente procuram locais onde possam encontrar alimento, como hortas, bordas de matas, plantações, jardins, pomares, terrenos baldios, quintais e brejos, podendo ser encontrado em árvores e muros. "É importante ter o mapeamento do local, ou seja, manter o controle, estar sempre observando se há reprodução dos ovos e proliferação das larvas", afirmou.

Escargot

O caramujo africano é um molusco terrestre nativo do Nordeste da África, introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, como alternativa para criação do ‘escargot'. Fugas acidentais e o abandono dos animais em decorrência da insatisfação de muitos criadores contribuíram para a dispersão do molusco, que hoje ocorre em quase todos os estados brasileiros. Em Aracaju, há ocorrência do caramujo africano nos bairros Porto Dantas, Lamarão, Santa Maria, Bugio, 13 de julho, entre outros.

De acordo com a professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Maria da Glória Macedo, Adna da Rocha, é importante que a palestra seja destinada a um público específico. "É fundamental identificar e combater essa espécie que causa uma série de males à nossa saúde. Ações como essa incubem a escola de responsabilidades ", afirmou.

Além da Emef. Maria da Glória Macedo, participaram do evento professores da Emef. Alcebíades Melo Vilas Boas e das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) Pierre Averan e José Sales.