Com o objetivo de garantir a convivência familiar e comunitária, além de criar condições para que o jovem seja inserido no mercado de trabalho e reinserido no sistema educacional, a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), desenvolve na capital sergipana o ProJovem Adolescente, idealizado pelo Governo Federal. A aula inaugural, que marcou o início das atividades este ano, aconteceu na tarde dessa quarta-feira, 27, no Clube do Vasco, localizado no bairro Industrial.
O ProJovem Adolescente conta hoje com 1.200 jovens inscritos, que são atendidos em 14 Centros de Referência da Assistência Social (Cras), três Centros de Referência Especializados da Assistência Social (Creas), três Unidades Socioeducativas (Use's) e rede conveniada à prefeitura. Do total de alunos inscritos, cerca de 800 participaram da aula inaugural, além de coordenadores, educadores sociais, representantes da Semasc e comunidade em geral.
A secretária municipal de Assistência Social, Rosária Rabelo, abriu os trabalhos falando da importância do Projovem na vida das famílias beneficiárias do Bolsa Família. "Esta é uma oportunidade única na vida de cada jovem que irá participar do ProJovem Adolescente. Não tenho dúvida que no decorrer do programa esses adolescentes irão transformar o seu modo de vida. Com conhecimento, as portas estarão abertas para o mundo do trabalho", destacou.
"O Projovem dará oportunidade aos jovens de classes menos favorecidas, que, independente da situação econômica, têm sonhos, são honestos e querem construir uma sociedade melhor e mais justa. Além de trabalhar a capacidade de cada adolescente, o programa está direcionado à questão da convivência familiar e comunitária. Quero desejar boa sorte, sucesso e dizer da minha alegria em tê-los inseridos neste programa", completou Rosária.
Transformação
A história de vida da usuária do Bolsa Família Valdecir Batista Santos, 38, mãe de um adolescente que fez parte do ProJovem Adolescente, é marcada por vitórias. "Meu filho era tido como terror do bairro e hoje estou aqui para contar o quanto sou vitoriosa, porque a esperança bateu na minha porta, graças ao programa. A infância do meu filho foi de discriminação, rejeição em todos os lugares que ele andava. Com isso, fui obrigada a voltar a frequentar a sala de aula para estar junto dele, pois tinha medo de perdê-lo para sempre. Busquei o Cras onde moro e consegui resgatar o meu filho, que hoje é respeitado por toda comunidade", relatou Valdecir durante a aula inaugural.
"Estou ansioso e confiante neste programa, que tem mudado a vida de muitos jovens que conheço. A minha expectativa é grande. Além do mais, um dos objetivos do ProJovem é trabalhar a autoestima, incentivar o jovem e prepara-lo para o mercado de trabalho. Por isso quero contribuir muito, principalmente para acabar com a violência na adolescência", disse o integrante do programa do Cras Gonçalo Rolemberg Leite, José Cícero Braga da Silva, 17.