Na tarde desta quinta-feira, 28, o secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, esteve reunido com os agentes comunitários de saúde das 43 Unidades de Saúde da Família (USF) de Aracaju. O objetivo da reunião foi discutir a nova política de ação desses profissionais no combate à dengue. O encontro aconteceu às 16 horas, no Centro de Educação Permanente em Saúde, situado na Rua Carlos Prestes, nº 99, no bairro Ponto Novo.
Cerca de 800 agentes de saúde que compõem a rede foram convidados para participar do encontro. A reunião segue a determinação do projeto do Ministério da Saúde (MS) que visa a integração das ações da atenção básica com a vigilância em Saúde no controle de endemias. Participaram deste momento todos os coordenadores das oito regiões que integram a Rede de Atenção Bástica (Reab).
De acordo com o secretário Marcos Ramos esta é uma reunião importante porque oportuniza também valorizar o trabalho dos agentes no combate à dengue em Aracaju. "Apesar de o índice ter se mantido baixo durante os últimos meses, essa é a oportunidade onde podemos alertar os agentes sobre quanto a atuação deles tem sido imprescindível para manter esse patamar", destacou Marcos Ramos, antes de reiterar os avanços obtidos pela categoria, à exemplo da desprecarização da classe e o aumento salarial alcançado em 2010.
Reconhecimento
Para o agente de saúde, Marcos Silva de Sales, que há três anos e meio trabalha na USF Antonio Alves, localizada no bairro Atalaia, o aumento da renumeração dos agentes de saúde é um fator relevante. "O aumento foi bom! Falta muito pra ser conquistado, mas acredito que estamos no caminho certo", afirmou.
A remuneração da categoria deixa de ser no valor de R$ 465,00 e passa para R$ 720,00, sendo o vencimento base em R$ 543,46; a gratificação de R$ 161,54 e ainda há auxílio para aquisição de protetor solar R$ 15,00 e mais o adicional de risco de R$ 40,00 (em unidades e bairros específicos).
Já Grasielly dos Santos, que executa a atividade de agente de saúde da USF José Machado de Souza, no bairro Santos Dumont, acredita que chegou à rede de saúde do município num momento de grandes avanços. "Estou há oito meses no serviço, já cheguei após a efetivação dos agentes e agora fui contemplada com o aumento do salário, o que pode ser considerado uma boa conquista. Ainda temos muito o que lutar e estamos na expectativa de sermos atendidos", pontuou Grasielly.
Ainda de acordo com ela, o papel do agente de saúde no controle à endemia da dengue é fundamental. "Acompanhamos de perto às famílias e podemos orientá-las com relação a se prevenir contra a dengue. Nas casas que são reincidentes, trabalhamos em parceria com os agentes de endemias, comunicando a realidade encontrada para que eles possam atuar de forma mais efetiva", disse a agente de saúde.
Integração
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Taíse Cavalcante, o projeto do Ministério da Saúde, que orientou a reunião desta quinta, tem por principal objetivo fazer com que o serviço de atenção básica do município trabalhe em parceria com a vigilância em saúde. "E o agente comunitário de saúde é o ator principal desse processo. Ele não atua somente no controle de doenças como a hipertensão e diabetes, mas ainda no controle das endemias", destaca Taíse Cavalcante.
Ela ainda enfatiza as competências dos agentes comunitários no controle à dengue. "Eles são co-responsáveis pelo controle da dengue e devem trabalhar de forma integrada. Uma das suas principais atribuições é encaminhar os casos suspeitos de dengue às unidades de saúde, atuar junto aos domicílios informando aos seus moradores sobre os riscos da doença e a importância de se evitar a existência de larvas. Além disso, ele vistoria as residências para identificar locais que possam servir de criadouros para o mosquito e comunica ao enfermeiro supervisor a existência de criadouros de larvas", descreveu a coordenadora.
