PMA realiza ações em benefício da mulher

Família e Assistência Social
08/03/2010 09h43
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Garantir o direito e promover a cidadania da mulher, seja mãe, avó, criança, adolescente e trabalhadora. Esse é o objetivo da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Assistência e Cidadania (Semasc),  que vem desenvolvendo ações em favor do público feminino nas áreas de inclusão produtiva, combate à violência doméstica e integração familiar.

Os serviços e programas sociais ofertados à mulher são desenvolvidos nos 14 Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e nas Unidades Sócioeducativas, que têm como porta de entrada o Programa de Atenção Integral á Família (Paif), o qual está inserido na Rede de Proteção Social Básica, cujas ações estão direcionadas à prevenção da violência doméstica, através de palestras e campanhas.

De acordo com a coordenadora da Rede de Proteção Social Básica (PSB), Yolanda Oliveira, além do Paif, o Programa Bolsa Família tem um percentual de 90% de mulheres inseridas, num universo de 34 mil famílias cadastradas. Destas, 31 mil recebem o benefício. 

“Hoje, a família nuclear, ou seja, aquela família tradicional, composta por pai, mãe, tio, tia, avó ou avô está ficando cada vez mais distante, porque estão surgindo novos modelos de famílias, os chamados arranjos familiares. A gente observa que a mulher avançou muito e, com isso, as estatísticas comprovam que o maior provedor da casa é a mulher", informou.

Yolanda ressaltou ainda o Programa de Inclusão Produtiva, que está inserido no Paif. “As ações desenvolvidas nos Cras e Uses têm como objetivo fortalecer os vínculos familiares e tornar as famílias independentes, para que elas possam obter a sua própria renda, além de contribuir no combate à violência doméstica contra a mulher.  Assim ela será capaz de se manter junto aos seus filhos e filhas", explicou.

Exemplo

Um exemplo bem sucedido é o da usuária do Bolsa Família, Jaqueline da Silva Santos, 21, que foi selecionada para fazer o Curso de Instalação Hidráulica e Infraestrutura no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com os governos estadual e municipal. “É muita emoção poder participar de um curso como esse, que antes era direcionado ao sexo masculino. Não acredito, parece um sonho mesmo. Só tenho agradecer a Prefeitura pela oportunidade, agora sei que as portas do mercado de trabalho vão estar abertas para mim", comemorou.

Para a costureira Maria de Lourdes Barbosa, 54, que participou do curso de Inclusão Produtiva, essa é uma oportunidade única que o município está oferecendo aos beneficiários do Bolsa Família. "Estou muito feliz em confeccionar essas peças para as crianças, adolescentes e idosos dos programas sociais. Além de sermos valorizadas pelo nosso trabalho, que a gente viu começar aqui nesse curso, hoje estamos vendo o resultado dele", destacou.

A exemplo da Rede de Proteção Social Básica, que foi implantada com a criação do Sistema Único da Assistência Social (Suas), a Rede de Proteção Social Especial (PSE) é mantida pela Prefeitura de Aracaju. O objetivo é acolher as vítimas de violência doméstica, dando apoio psicossocial e fazendo encaminhamentos e visitas domiciliares.

Segundo a coordenadora do Creas São João de Deus, Vankênia da Silva Barreto, a unidade social atendeu no ano passado 38 mulheres vítimas da violência doméstica. "O Creas atendeu vítimas da violência intrafamiliar, que foram encaminhadas pela Delegacia da Mulher, unidades de saúde, entidades não governamentais, Cras e pela 11ª Vara. Essa unidade social faz um trabalho especializado voltado para a mulher vítima da violência. Além da escuta, que é o ponto inicial, oferece acompanhamento psicossocial", informou a coordenadora.

Histórico

O Dia Internacional da Mulher é comemorado no 08 de março para celebrar os feitos econômicos, políticos e sociais do público feminino. A data está relacionada a virada do século XX, durante o processo de industrialização e expansão econômica, que levou a grandes protestos sobre as condições de trabalho. As trabalhadoras empregadas  nas fábricas de vestuário têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 08 de março de 1857, em Nova Iorque, e acabaram morrendo queimadas. O protesto exigia melhores condições de trabalho e salários mais altos.