Cortejo folclórico invade ruas da cidade

Funcaju
20/03/2010 17h24
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Na manhã deste sábado, 20, um cortejo formado por grupos folclóricos e afros chamou a atenção de quem passava pelas ruas do Centro de Aracaju. A iniciativa fez parte da programação da I Virada Cultural de Aracaju, que comemorou os 155 anos da capital com 24 horas de programação ininterruptas em vários pontos da cidade. 

Os grupos saíram às 10 horas da Praça Fausto Cardoso em direção aos mercados municipais. Roupas enfeitadas com fitas coloridas e chapéus ornamentados com espelhos caracterizavam o grupo de Reisado do Sindicato dos Professores do Estado de Sergipe, que seguiu pelo Calçadão da João Pessoa. O grupo estava acompanhado do bumba-meu-boi e de gigantes guerreiros mascarados que desfilavam em pernas de pau.

Na esquina do calçadão com a rua Laranjeiras, o reisado uniu-se ao Quilombo, grupo afro formado por moradores do bairro Santo Antônio, e ao grupo de capoeira do projeto Keto Cultural. O Centro comercial da cidade tornou-se então um grande palco para a diversidade cultural sergipana. Para Maria Geilma da Conceição, assessora de comunicação do Keto Cultural, a iniciativa, além de trazer entretenimento, representa também a valorização da cultura popular.

“Muitas pessoas não sabem da existência desses grupos em nosso estado, e através desse projeto podemos mostrar que Aracaju também tem essa tradição. Isso valoriza os pequenos grupos culturais que existem nos vários municípios de Sergipe, além de fazer a comunidade conhecer o nosso trabalho”, declarou Geilma.

Encontro

Da travessa Deusdete Fontes vieram os Lateiros Curupira, banda de percussão que utiliza latas, baldes e outros materiais que são tratados como lixo para produzir som. Eles se juntaram aos outros grupos e seguiram em direção à Praça General Valadão, onde o Samba de Côco do bairro Mosqueiro já fazia ouvir de longe o som das pisadas fortes acompanhadas dos sons da cuíca, do pandeiro e do ganzá.

Em seguida, o cortejo percorreu o Beco dos Cocos com destino aos mercados municipais de Aracaju. A mistura de ritmos fez com que o cortejo se tornasse um grande encontro de raizes culturais, onde cada grupo apresentou sua arte. Os aracajuanos que estavam no mercado e os turistas que visitavam o local ficaram encantados com as apresentações.

A dona de casa Audilene Santos Moraes, 31, aproveitou o desfile para ensinar ao filho sobre as manifestações culturais existentes em Sergipe. “Ele nunca viu algo assim. Isso serve para resgatar nossos costumes e criar o desejo de preservar nossa cultura. E também pude rever manifestações que via quando criança”, disse.

Confira o hotsite do aniversário da cidade