Shows da Virada Cultural movimentam Aracaju

Funcaju
22/03/2010 08h08
Início > Noticias > 40986

Na noite deste sábado, 20, uma diversidade de shows para todos os gostos agitou a cidade de Aracaju na 1ª Virada Cultural. Em vários pontos da cidade, grupos e cantores de rock, reggae, pagode, MPB, hip hop e axé, entre outros ritmos, levaram a população da capital da qualidade de vida ao delírio. Nos palcos, atrações locais e nacionais se encarregaram de fazer a festa.

O primeiro show da Virada Cultural foi realizado na Orlinha do Bairro Industrial, um dos grandes pontos turísticos de Aracaju. A partir das 21h, o público curtiu o som autêntico de Gladston Rosa, Cata Luzes, Mingo Santana, Rogério, Mania de Ser e Banda Se Liga. Ao lado das atrações sergipanas, o cantor e compositor paraibano Chico César levou ao palco uma mistura do espírito das duas principais festas populares nordestinas - o carnaval e os festejos juninos. Os sucessos são do seu novo disco, o 'Forró y Frevo'.

Para ele, a idéia de eventos como a Virada Cultural é algo que só tende a engrandecer o cenário cultural de uma cidade. "Nós temos que agradecer à Prefeitura Municipal de Aracaju pela grande sacada que está acontecendo pelas ruas da cidade. O que estamos vivendo é uma grande revolução cultural", disse o cantor para o público.

A empresária do ramo automobilístico, Kelly Silva, fez questão de prestigiar os shows do Bairro Industrial e se surpreendeu com o evento. "Estou surpresa, porque não conhecia dessa forma a dimensão dos artistas sergipanos. É importante que a Prefeitura divulgue os artistas locais como está fazendo agora", afirmou a empresária.

Santos Dumont   

Já no bairro Santos Dumont, zona norte de Aracaju, o rapper carioca MV Bill comandou a festa, após ter passado o dia inteiro participando das atividades integrantes da Virada Cultura, como o basquete de rua, graffiti e dança de rua, entre outras, no bairro Industrial. Ao lado dele, o músico Tonho Baixinho e as bandas Mensagem Negra (rap), Finitude (heavy metal) e Guerreiros Revolucionários (reggae) movimentaram o público presente à rua Major Aureliano.

Para o rapper MV Bill, grande idealizador de projetos como a Central Única das Favelas (Cufa), iniciativas como essa são sempre bem vindas. "Eu acho fantástico quando o governo  de um lugar incentiva a cultura, porque ela é importante para reafirmar identidades. Todos os aracajuanos devem valorizar essa festa promovida pela Prefeitura", afirmou o rapper.

O estudante de Ciências Sociais Rafael Aragão aproveitou ao máximo o show de MV Bill. Para ele, as letras de cunho social também são importantes para ajudar a conscientizar o público dos eventos. "Mais uma vez MV Bill trouxe o melhor do hip hop para Aracaju, ao lado de quem já faz o ritmo aqui. A mensagem que ele traz, com letras críticas, é boa para que a população tome consciência de muitos processos que fazem parte do seu contexto social", disse o estudante.   

Bugio

A praça Osvaldo Mendonça, no Bugio, também serviu de cenário para a aglutinação causada pela Virada Cultural. A grande novidade da noite, o Grupo Molejo, dividiu o palco com o grupo Socoisanossa (choro), o cantor Luiz Fontineli, a banda de pagode do Zé Tramela e o grupo local de reggae KaraRoots, que faz sucesso por onde passa. Segundo o cantor Nino Karva, a Virada Cultural superou as expectativas. "Estou achando tudo excelente. A programação é super interessante e a Prefeitura de Aracaju está de parabéns", disse Nino Karva.

Passarela do Caranguejo


O cantor e compositor João Bosco atraiu centenas de fãs da MPB à Passarela do Caranguejo, na Orla de Atalaia. Ao lado dele, Pantera, Lina Souza, Xote Baião e Cartel de Baly comandaram a noite na Orla. O professor universitário Sebastião Figueiredo era só alegria. "Eu sou muito fã de João Bosco. Esse cara é o melhor cantor do Brasil. Estou achando tudo isso ótimo. Dar possibilidade a pessoas de todos os bairros assistirem aos shows que gostam é sensacional. É um incentivo à cultura brasileira", afirmou Sebastião.

Augusto Franco

Um dos últimos shows da Virada Cultural aconteceu na praça dos Correios, no conjunto Augusto Franco. Em sua primeira turnê depois de ter saído da banda baiana Timbalada, a cantora Amanda Santiago deu uma roupagem especial ao palco montado na praça. Com instrumentos rodeados por tecidos de chita, característicos da cultura nordestina, a cantora e toda a banda subiram ao palco caracterizados com a indumentária da animação 'O Mágico de Oz'.

Para a cantora, a Virada Cultural é a cara do público brasileiro. "Festa boa é assim, realizada em praça pública. Aplausos para a Prefeitura de Aracaju", disse Amanda no meio do show. As pessoas presentes ao show do conjunto Augusto Franco também curtiram o som do cantor Paulo Lobo, a cantora Amorosa, a banda Uma Ruma e o grupo de pagode Solamento.

Beco dos Cocos

Uma das maiores festas públicas noturnas já realizadas em Aracaju foi encerrada com muita música eletrônica no Beco dos Cocos. Os Djs Léo Levi, Montezuma, Guga e Rafael Carvalho trataram de finalizar a Virada Cultural em grande estilo. "Essa iniciativa foi excelente. Essa diversidade de ritmos e expressões culturais se espalhando pela cidade é algo muito criativo. Tem tudo para se tornar uma ótima tradição", afirmou o secretário de Estado da Comunicação Social, Carlos Cauê.

Confira o hotsite do aniversário da cidade