O aniversário de 155 anos de Aracaju ainda é motivo de comemoração para os alunos da rede municipal. Até o final da tarde de amanhã, 26, crianças e adolescentes terão a oportunidade de conhecer mais sobre a transferência da capital de Sergipe numa visita à cidade de São Cristóvão e obter informações sobre a história de ilustres personalidades sergipanas, entre elas Inácio Barbosa, Tobias Barreto e Horácio Hora.
As visitas a primeira capital de Sergipe foram iniciadas na última terça-feira, 23, e devem beneficiar um total de mil estudantes. Trata-se de uma iniciativa da Secretaria Municipal da Educação (Semed), através do projeto ‘O Museu Tá Vivo', desenvolvido pelo Portal Educar-se com objetivo de aproximar meninos e meninas dos principais relatos históricos sobre o Estado de Sergipe.
Durante a visita ao museu de São Cristóvão, os estudantes foram surpreendidos com uma peça teatral sobre a história de Sergipe, apresentada pelo grupo Raízes. Contente com a surpresa, a estudante Damilla Ramos, 11 anos, aluna da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Jornalista Orlando Dantas, recebeu com entusiasmo a notícia de que também iria conhecer a trajetória de grandes personalidades sergipanas.
"Fiquei impressionada com a paixão que o personagem folclórico conhecido como João Bebe-Água sentia pela cidade de São Cristovão e como ele ficou triste com a mudança da capital para Aracaju, mesmo sabendo que tudo aconteceu por causas políticas e econômicas", justificou Damilla.
Empolgada com o atrativo, Talita Carlos, 11 anos, disse ter gostado mais da visita à Igreja de São Francisco. "Aprendi o significado do símbolo da ordem franciscana, que simboliza a união de São Francisco com Jesus Cristo. Os dois sentiam compaixão por pessoas carentes e sempre faziam o bem", detalhou.
São Cristovão
É a quarta cidade mais antiga do Brasil e a primeira capital de Sergipe, posto que perdeu em 1855, quando o então Presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa transfere a capital para Aracaju. São Cristóvão foi fundada por Cristóvão de Barros, em 1º de janeiro de 1590, época em que Portugal estava sob domínio do Rei Felipe II, da Espanha e o 1º de Portugal, recebendo seu nome em homenagem a Cristóvão de Moura, representante do rei da Espanha em Portugal.
Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1939, São Cristóvão se desenvolveu segundo o modelo urbano português em dois planos: cidade alta com sede do poder civil e religioso, e cidade baixa com o porto, fábricas e população de baixa renda. O casario guarda nas fachadas a divisão social do Brasil Colônia, representando cada grupo de poder.