Marcos Ramos finaliza gestão na saúde com índices positivos

Saúde
12/04/2010 09h49
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Depois de quase três anos como secretário municipal da Saúde, o cirurgião cardiovascular Marcos Ramos Carvalho finaliza a sua gestão com um balanço positivo. Durante sua administração, os índices da saúde em Aracaju melhoraram significativamente. Foram implementadas ações inovadoras, que incluem desde a qualificação profissional até a construção de unidades de atendimento que ajudaram a democratizar ainda mais o acesso da população aos serviços de saúde.

Para ele, gerir a saúde pública em Aracaju foi um grande desafio, mas os resultados valeram a pena. "Quando fui convidado pelo prefeito para assumir a secretaria, aceitei essa missão complexa porque entendo que todos temos que dar nossa contribuição ao serviço público. Sabia que não seria uma tarefa simples, mas encarei com toda a responsabilidade. Hoje saio de cabeça erguida, mas sempre deixo claro que só tenho a agradecer a Edvaldo Nogueira pela confiança em mim depositada e a toda a equipe da secretaria, que dá o máximo de si nas nossas ações. Eu fui um colaborador", afirma Marcos.

De acordo com o ex-secretário, as metas traçadas foram atingidas, embora haja pontos a serem melhorados. Marcos Ramos evidencia o aumento da capacidade instalada, os avanços no sistema de atendimento pré-hospitalar, as novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu/Aracaju), o crescimento da cobertura dos serviços em saúde, a redução do coeficiente de mortalidade infantil e o combate às endemias.

"Durante esse período, nós tivemos muitas realizações e fizemos mudanças estruturais fundamentais, como a informatização do atendimento, a inauguração de duas novas Unidades Saúde da Família [USF] e a reforma das que já existiam, além da valorização das diversas categorias profissionais que fazem parte da rede municipal", explica.

Dengue

Para Marcos Ramos, um dos pontos mais fortes de sua gestão na Secretaria da Saúde foi o efetivo combate às endemias, com ênfase especial para a dengue. Até então, a cidade de Aracaju nunca havia travado uma batalha tão forte contra o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, de forma tão eficaz como a que foi comandada nos últimos anos pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

De acordo com dados da SMS referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, Aracaju registrou nesse período o menor número de casos confirmados de dengue nos últimos 10 anos. Em comparação ao ano passado, o número de casos confirmados durante esses três meses foi reduzido em 97%.

"Foram gastos quase R$ 3,5 milhões somente na superação do surto endêmico de 2008. Alcançamos uma redução significativa e saímos dos 10.514 casos de dengue registrados em 2008 para 315 em 2009, sem nenhum registro de óbito, inclusive quanto à Influenza H1N1. Esse é o resultado do serviço feito pelos agentes comunitários e de endemia, além da integração entre a Saúde e os outros órgãos municipais. Estamos em um patamar bastante avançado, pois no controle das endemias tivemos um marco no sanitarismo do município", diz Marcos Ramos.

Outro fator foi fundamental para a melhoria dos índices de saúde em Aracaju, de acordo com o ex-secretário. "A realização do concurso público para os agentes de endemia e a capacitação dos que já atuavam na rede municipal foram grandes passos que demos. Além de providenciar a licitude do processo de contratação, avançamos mais ainda ao criar o Centro de Educação Permanente em Saúde, pois entendemos que não existe uma boa gestão sem a manutenção da educação continuada", explica Marcos, ao enfatizar que, para facilitar o trabalho dos agentes comunitários, a prefeitura também adquiriu 800 bicicletas.

Atenção Básica

Para Marcos Ramos também merece destaque a entrega das Unidades de Saúde da Família (USF) Manoel Souza Pereira, no bairro Jabotiana, e Oswaldo de Souza, no Getúlio Vargas. Com a finalização dessas obras, o município de Aracaju contabiliza 43 Unidades Básicas de Saúde (UBS), seis Centros de Especialidades Médicas, cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps), dois Hospitais Municipais de Urgência e duas unidades de outros serviços próprios (Centro de Controle de Zoonoses e Samu).

"Tivemos também a ampliação do atendimento especializado nas áreas de ortopedia e urologia junto ao Hospital Cirurgia, a realização de 120 cirurgias para correção de fissuras labio-palatais em parceria com o Instituto Rotary International, que foi determinante para que Aracaju recebesse o Prêmio Brasil Sorridente, do Conselho Federal de Odontologia", afirma Marcos.

"Também devemos nos lembrar da implantação e agilização de cirurgias ginecológicas e cirurgias urológicas no Hospital São José, além da regulação efetiva das cirurgias eletivas realizadas em Aracaju", resume. O ex-secretário também destaca a realização de 300 cirurgias de cardiopatias congênitas, o que para ele significa um marco para a rede municipal de saúde.

Urgência e Emergência

Com a implantação da Unidade Pediátrica do Hospital Municipal Fernando Franco e a entrega das novas ambulâncias do Samu, os avanços da Rede de Urgência e Emergência são visíveis. "A pediatria do hospital da zona sul já se tornou referência no atendimento, pois a mortalidade infantil atual é a mais baixa dos últimos 14 anos. Melhoramos bastante essa situação aqui na cidade", afirma.

"Agora, estamos incorporando novas ambulâncias do Samu. Quando assumimos, colocamos mais três e depois, com recursos próprios, disponibilizamos mais três carros, além de três motolâncias. Tudo isso é sentido pela população de forma positiva", diz Marcos, ao anunciar que em breve o bairro Novo será contemplado com mais uma Unidade de Saúde da Família (USF).

No ano de 2009, o número de atendimentos nas redes de atenção básica e de urgência e emergência praticamente dobrou. "A melhoria no serviço se tornou visível desde que a Prefeitura de Aracaju substituiu o antigo sistema de marcação de consultas, o Giros, pelo inovador Sisreg III. Com a adoção da nova tecnologia, a quantidade de consultas e exames realizados pela Secretaria Municipal de Saúde pulou de 33 mil por mês para 55 mil por mês", informa Marcos Ramos.

Programas de Saúde

Recentemente, a PMA deu um salto na qualidade do serviço de saúde pública ao intensificar as ações de prevenção relacionadas à saúde do homem. Graças a campanhas educativas e informativas e à capacitação recebida pelas equipes médicas de saúde da família, o número de cirurgias de esterilização masculina (vasectomia) realizadas na rede municipal, através do Sistema Único de Saúde (SUS), cresceu em 60% em menos de um ano.

"Em abril do ano passado eram feitas cerca de 20 vasectomias por mês, através do Programa de Planejamento Familiar da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Atualmente, o número médio mensal de procedimentos é de 32. Também merecem destaque as ações voltadas à prevenção do câncer de pênis. Todos os profissionais da secretaria estão de parabéns, além dos próprios cidadãos que mostraram a importância de cuidar da própria saúde. Agora, Aracaju está entre os 27 municípios pilotos na implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem", orgulha-se o ex-secretário.

A gestão de Marcos Ramos junto à SMS não foi pioneira somente no âmbito da saúde do homem. As mulheres também continuaram recebendo atenção cada vez mais especial. Tanto que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), Aracaju é a quarta capital brasileira e primeira do Nordeste em número de mamografias realizadas em mulheres com idade entre 50 e 69 anos. A pesquisa foi realizada entre 2006 e 2008.

Nesse período, Aracaju atingiu uma cobertura de 80,4% entre o público dessa faixa etária, sendo superada apenas por Florianópolis (80,6%), Vitória do Espírito Santo (81,9%) e Belo Horizonte (84,1%). Também se deve destacar o trabalho de prevenção a outras doenças, como o câncer de colo de útero e o atendimento a gestantes, além do serviço completo de pré-natal. "Esses números representam o compromisso do município em fornecer equipamentos sociais de assistência à saúde das mulheres, valorizando-as e criando mecanismos de prevenção às doenças gerais e específicas do gênero", destaca Marcos.

Por conta de todos esses investimentos, Aracaju acabou sendo escolhida como uma das cidades que apresentou resultados positivos para as pesquisas de indicadores na área da saúde e da qualidade de vida em recente pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, patrocinada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan Americana de Saúde.