Com o objetivo de inibir a devastação dos manguezais e chamar a atenção para a necessidade de preservar as áreas remanescentes desse ecossistema, a Prefeitura de Aracaju, em parceria com o Governo Federal, por meio do Ministério da Cidades, iniciou a construção do Museu do Mangue, localizado na avenida desembargador Antônio Góis, próximo à Maré do Apicum, no bairro Coroa do Meio. A iniciativa representa um investimento de R$ 1.671.627,27.
Executado pela Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), o projeto contempla, além do museu, a construção de quiosque, centro produtivo, núcleo de apoio aos pescadores, píer, complementação das quadras de esportes, módulo de apoio à saúde, espaços para a realização de oficinas, palestras, exibição de vídeos e exposições, dois atracadouros, além de estacionamentos para carros e ônibus de turismo.
As obras seguem o cronograma estabelecido e cerca de 20 operários trabalham diariamente na execução dos serviços. "O trabalho começou há cerca de três semanas e no centro produtivo já foram feitas a cinta e alvenaria de pedra inferior, ou seja, a base para a edificação dos pilares de sustentação e colunas", explica o engenheiro da Emurb, Adroaldo Celso de Oliva.
Enquanto no lugar onde será edificado o museu está sendo realizada a terraplanagem, a construção do núcleo de apoio aos pescadores segue em ritmo acelerado. "Pelo fato de o complexo do museu do mangue contemplar diversos equipamentos, como quiosques, píer, deque, entre outros, optamos por dividir a execução das obras a fim de que, dessa maneira, os serviços sejam concluídos o quanto antes", ressalta o engenheiro.
Preservação
A escolha do local para a construção do museu se deu pela significativa presença de mangue ainda preservado. De acordo com o presidente da Emurb, engenheiro Paulo Costa, a iniciativa da administração municipal merece destaque. "Além do manguezal ser essencial para o equilíbrio da cidade, ele agrega uma biodiversidade que é importante não apenas do ponto de vista ambiental, mas também sócio-cultural, uma vez que a culinária local é marcada pelo caranguejo, e o mangue é seu habitat", afirma.
Segundo Paulo Costa, a preocupação do município em oferecer à comunidade um lugar onde se possa contemplar a natureza com tranquilidade vai além de uma simples opção de lazer. O projeto do Museu do Mangue também servirá como fomentador de pesquisas acadêmicas e científicas.
"Serão construídos um horto para a recuperação de área de restinga, viveiros para a produção de mudas, laboratórios e um posto avançado de pesquisas científicas, que agregará instituições de porte como o Ibama e a Universidade Federal de Sergipe", antecipa Paulo Costa.
