A zona de expansão da capital tem uma conformação geológica particular. Ao lado dos charcos formados pelas chuvas, existem também ecossistemas de lagoas naturais de preservação ambiental permanente. Por esta razão, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), vem realizando intervenções orientadas a fim de garantir a preservação da fauna e da flora das lagoas costeiras.
As lagoas naturais da zona de expansão abrigam uma biodiversidade de extrema importância biológica. O ecossistema aquático é o habitat de várias espécies de insetos, peixes, plantas e microorganismos e, por conta disso, todos os empreendimentos na região devem passar pela anuência da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), que orienta as intervenções humanas no local.
"Estamos agindo com cautela para preservar as lagoas naturais. Não podemos nem utilizar aterros nem agir no sentido de provocar a evasão das águas. Nosso objetivo é possibilitar a drenagem dos charcos, áreas que em períodos de estiagem estão secas, mas que em períodos chuvosos, como os que vivemos nas últimas semanas, acumulam água naturalmente. O importante é que o nosso trabalho traga benefícios para os moradores sem degradar o meio ambiente", ressalta o presidente da Emurb, engenheiro Paulo Costa.
Resistência
Nos povoados da zona de expansão, a Emurb está abrindo valetas e implantando tubulações para reduzir o nível dos charcos. Como em vários locais o acesso se dá por terrenos de particulares, equipes da Emurb vêm orientando os proprietários de imóveis na área para que permitam o acesso das máquinas e equipes do órgão aos locais encharcados.
"Muitos donos de imóveis estão dificultando a passagem de nossos operários. Alguns chegam, inclusive, a impedir o acesso. Estamos mantendo o diálogo com todos eles e, na medida do possível, temos alcançado êxito nas negociações. É importante que eles percebam que o benefício será de todos os que residem na zona de expansão", destaca o presidente da Emurb.
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