PMA capacita 80 novos agentes Comunitários de Saúde

Saúde
25/05/2010 15h38

Oitenta novos agentes Comunitários de Saúde (ACSs) estão participando do Curso Introdutório em Sistema Único de Saúde (SUS). O treinamento é obrigatório e faz parte do cronograma de atividades para todos os agentes comunitários e de endemias, aprovados no último concurso público realizado pela Prefeitura de Aracaju.

Na manhã desta segunda, dia 24, na abertura da capacitação para os ACSs, os novos servidores foram recepcionados por representantes da Rede de Atenção Básica (Reab), do Núcleo de Gestão de Pessoas e do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Para esse grupo de agentes comunitários, as aulas começam segunda e se estenderão até o dia 1º de julho. A formação será realizada em três módulos de 48h de aulas teóricas e 32h de aulas práticas. As aulas são realizadas no complexo integrado Ceps/Cerest, localizado na rua Luis Carlos Prestes, bairro Ponto Novo (fundo do antigo Mistão).

Logo após o acolhimento, no primeiro encontro, a coordenadora do Núcleo de Gestão de Pessoas, Marieta Barbosa Oliveira, apresentou o organograma da SMS e a 'Percepção do ACSs enquanto trabalhador da SMS'. Marieta Barbosa discorreu sobre os direitos e deveres dos trabalhadores da administração pública municipal. Ela também anunciou a realização do 'Projeto Cuidando do Cuidador', a ser realizado pela parceria do Núcleo de Gestão de Pessoas com o Centro Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest).

Solidariedade

Essa capacitação para o trabalho objetiva munir os ACS de conhecimentos e tecnologias diversas em torno da questão do processo saúde/doença. Um dos focos é a interação desse trabalhador com as famílias usuárias do SUS e com as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF).

"No curso, outros saberes são reforçados como o de respeito e ética, o cuidado para o reconhecimento das necessidades das famílias usuárias do SUS e para a coleta de registros e dados das comunidades visitadas pelos ACSs", explica a coordenadora pedagógica do Ceps, Maria José Pereira.

Além de tecnicamente qualificados, os agentes comunitários de saúde serão destacados por requisitos essenciais de liderança, solidariedade, de conhecimento social e epidemiológico da área de atuação. Para atender esses requisitos, eles devem residir no mesmo território de atuação.

Os agentes desenvolverão as atividades de prevenção de doenças, mediante ações domiciliares ou comunitárias, individuais e ou coletivas. As ações dos ACSs são coordenadas pela Reab, a rede que organiza e administra as 43 unidades de Saúde da Família da Prefeitura de Aracaju.

Expectativa

Os participantes do curso demonstraram interesse e expectativas para trabalhar com a comunidade. Gabriele Cardoso, 25 anos, é professora de educação física e ressalta similaridades entre as duas profissões. Ela deverá atuar na USF Manoel Pereira. "O educador físico e o agente comunitário têm a tarefa de socializar informações sobre saúde. E como agente comunitária, eu também estarei orientando e incentivando a comunidade à prática de atividade física", garante Gabriele Cardoso.

Já a comerciária Gleijanne Guerra, 29, diz que o curso superou as expectativas dela sobre o serviço público e o papel de agente comunitário. "Vou trabalhar com disciplina e comprometimento para acolher e ajudar a comunidade na promoção à saúde. Aracaju tem ampliado a cada ano as inovações dos serviços para a população e a população deve saber utilizá-los melhor", afirma a nova ACS.

Desprecarização

A profissão dos ACSs foi criada pela lei federal nº 10507/202 e apoiada pela Lei nº 11350/2006. Em Aracaju, o poder público municipal vem realizando políticas de desprecarização desse trabalhador, fez concurso público para novos profissionais e apresenta projetos para valorização do trabalho para esse setor.

Para a coordenadora pedagógica do Ceps, Maria José Pereira, os processos de seleção pública e as capacitações de agentes comunitários e de endemias contribuíram significamente para superar irregularidade de contratos de trabalhadores e qualificar o processo de trabalho.  "Com a desprecarização e a formação, a gestão se fortalece e o ACS tende a reafirmar o sentimento de orgulho e de prestígio social que a comunidade lhe confere", afirma Maria José Pereira.