Equipe de Controle de Zoonose participa da Quinzena Pet Shop

Saúde
28/05/2010 18h29

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram, durante todo o dia desta sexta-feira, 28, aplicações de vacina anti-rábica e coleta de sangue para detecção do calazar no estacionamento do GBarbosa da Zona Norte, localizado na avenida Maranhão.

As ações fazem parte da Quinzena Pet Shop, um evento de conscientização organizado pela rede de supermercados em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Além da coleta de sangue e da aplicação de vacinas, os agentes de endemias do CCZ também orientaram os donos dos bichos e distribuíram materiais informativos e educativos sobre cuidados com os animais domésticos.

A agente de endemias e visitadora sanitária do CCZ, Ana Maria Cardoso, orienta as pessoas para atitudes básicas que podem ser adotadas pelos proprietários dos animais. "É importante que o animal seja levado com frequência ao veterinário e limpar bem os ambientes onde eles circulam, bem como os utensílios. Alimentá-lo adequadamente também é importante e não se pode abrir mão de servir água sempre limpinha", explicou.

Assim que soube das ações por meio do noticiário local, Regivaldo Lima saiu do bairro América em direção ao GBarbosa somente para vacinar seu cachorro Nick. "Eu trouxe até a carteirinha dele, para garantir que ele volte pra casa imunizado. Essa atividade é importante porque o animal fica seguro e a gente fica menos preocupado", afirmou Regivaldo.

Calazar

Calazar, também conhecida como Leishmaniose, é uma doença que costuma se desenvolver em cães e pode ser transmitida também ao homem. A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos, que se alimentam do sangue contaminado dos cães, que são os principais reservatórios da doença. Os hematófagos são os vetores que transmitem a doença para o ser humano.

Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.

Os sintomas da leishmaniose visceral são: febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

Os sinais da leishmaniose cutânea são diferentes. Duas a três semanas após a picada pelo mosquito, aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

Prevenção

Para prevenir a doença deve-se evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; usar mosquiteiros para dormir; usar telas protetoras em janelas e portas; eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos em humanos.

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoces devem ser prioritários, pois a doença pode levar à morte.