Hoje, a violência no trânsito é considerada uma das maiores causas de morbimortalidade (morte e doença) no país. Tendo em vista a redução desses indicadores, a Rede de Atenção à Saúde do Trabalhador (Reast) da Prefeitura de Aracaju está liderando um Projeto Estruturante de Promoção a Saúde dos Trabalhadores do transporte urbano e coletivo nesta capital.
"Esse projeto é produto de uma comissão intersetorial composta pela GT do Transporte Coletivo e Urbano de Aracaju, SMS/REAST, SMTT, SETRANSP, SEST/SENAT. O nosso objetivo é discutir saúde e segurança nos ambientes de trabalho relacionados aos transporte coletivo urbano deste município", explicou a gerente da Vigilância em Saúde do Trabalhador, Liana Freire.
Atualmente a Reast vem atuando em alguns ramos prioritários, mas o de transporte coletivo foi escolhido como laboratório para o primeiro Projeto Estruturante de Promoção a Saúde. "A escolha do Transporte Urbano, além de considerar as condições de trabalho para motoristas e cobradores observa ainda que este ambiente se trata do principal meio de transporte para a maioria dos trabalhadores", destacou.
Ainda de acordo com Liana, a iniciativa da Reast nasceu da necessidade de construir políticas públicas voltadas para causas externas de acidentes de trabalho, objetivando a redução dos indicadores negativos para proporcionar melhor qualidade de vida ao trabalhador. "O projeto vem identificar os índices de epidemia; avaliar as condições dos ambientes de trabalho para motoristas e cobradores, não somente os ônibus, mas também ambientes internos das empresas como oficinas e postos, que possuem riscos iminentes de acidentes de trabalho", explicou a gerente.
A Apresentação do Projeto Estruturante será realizada no dia 10 de junho na sede da Secretaria de Transporte e Transito (SETRANSP) para gestores de empresas de transporte urbano e setores de vigilância e proteção e segurança a saúde do trabalhador (SES/SIPA/RP). Estes terão até dezembro deste ano para aplicação do projeto nas suas respectivas áreas de atuação. "Após esse período de execução será feita uma análise para ver a necessidade de reorganizar ou não o projeto e identificar o surgimento de novos fatores determinantes e condicionantes de riscos (como químicos, físicos, biológicos, ergonômicos, de sofrimento psíquico e acidentes)", ressaltou Liana.
Estatísticas
Entre 2000 e 2009 foi realizado um estudo que revelou que a média de óbitos por acidentes no trânsito é de 96,9% com taxa de mortalidade para cada 100 mil habitantes de 19,20%. As maiores vítima de óbitos são pedestres. De 2007 a 2009 ocorreram 262mortes no transito, deste número de 204 (77,86%) eram trabalhadores.
Fonte: SIM/SUS/SINAM/ARACAJU
