Procura por vestidos juninos agita comércio de Aracaju

Agência Aracaju de Notícias
18/06/2010 09h36
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A roupa, em todos os segmentos da sociedade, é utilizada como uma das formas mais criativas e libertárias de expressão. Durante o período junino, as vestimentas ganham fitilhos, anáguas, chapéus e filós. Elementos que compõe figurinos inspirados nos salões europeus do século XIX e nas vestes do homem do campo.

Para colorir as famosas ‘quadrilhas juninas', vestidos quadriculados, chapéus de palha, cartucheiras e fantasias de noiva invadem o comércio aracajuano, aumentando a movimentação em armarinhos e ateliês de costura. O vestido para adulto pronto está sendo vendido por uma média de R$95,00 a R$120,00. Já o vestido feito sob medida sai entre R$100,00 e R$150,00, incluindo a mão de obra, que vai de R$35,00 a R$50,00.

Os homens têm um custo menor, já que o ‘look' é geralmente composto por calça jeans, camisa xadrez ou quadriculada, lenço e chapéu. A camisa pronta vendida no centro custa entre R$30 e R$33. E a sob medida entre R$30 e R$45. O valor do investimento para crianças cai em torno de 30%.

É fácil encontrar no Centro da cidade material de todos os gostos e preços. "A pessoa vem aqui e já compra tudo. Encontra o vestido pronto ou o material pra fazer", diz a vendedora de armarinho, Neide Caetano dos Santos.

Copa do Mundo

Por ser ano de ‘Copa do Mundo', a vendedora afirma que os vestidos com as cores da bandeira brasileira são os mais procurados. "O vestido que está saindo mais é de ‘rainha do milho', porque é verde e amarelo. Todo mundo quer ficar no clima da copa. Quando não é o vestido, é um enfeite verde e amarelo", acrescenta.

A vendedora de tecidos, Neucila Henrique, confirma a "febre de verde e amarelo". "Os tecidos que lembram a copa são os que mais estão saindo. Tanto para quadrilhas, quando para mães que vêm atrás de tecido para as fantasias dos filhos", confirma a vendedora, entre chitas e organzas.

"O segredo para um bom e duradouro vestido de quadrilha é caprichar na qualidade do material, no acabamento e na escolha do modelo, que tem que ser bem bolado e atual. O ideal é optar pela popeline, bico de cássia, fita duas faces e elastex", afirma a costureira com 24 anos de profissão, Lenira Carvalho.

Os modelos de vestidos juninos, aparentemente, não variam muito, mas o estilista Josimar Valentin mostra que existem diferenças, sim. "Um bom vestido não pode deixar de ter bico de caça, sianinha, fitilhos e anáguas. Deve ser godê e com cortes enviesados. É importante que as mais magrinhas usem a cintura alta no vestido e as mais cheinhas, cintura mais baixa, no estilo melindrosa", ressalta. Depois de tantas dicas, fica fácil adaptar o ‘estilo junino' ao seu. Um fitilho, uma trança e uma saia rodada, com certeza, vão fazer toda a diferença.