Targino faz público dançar ao som de clássicos do forró

Agência Aracaju de Notícias
21/06/2010 01h40
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Em uma noite que trouxe a mistura de vários ritmos, do forró agitado de João da Passarada ao estilo eletrizante da banda Calypso, Targino Gondim foi o representante do forró tradicional. Durante todo o show, o artista apresentou ao público sergipano o clássico estilo pé-de-serra que consagrou nomes como Dominguinhos e Luiz Gonzaga.

Embalados ao som do triangulo, da zabumba e da sanfona, o público arrastou o pé, revelando que, apesar do sucesso dos novos ritmos, o forró tradicional não perdeu o encanto. Clássicos de Luiz Gonzaga ganharam na voz de Targino o ritmo forte do forró moderno. Canções como ‘Espumas ao vento' de Accioly Neto e ‘Olha pro céu' do Rei do Baião animaram a multidão, que respondeu aos toques da sanfona à altura.

Influência

Targino Gondim revela que a influencia de Luiz Gonzaga está presente em suas canções não só pela escolha do repertorio, mas também pela busca das raízes nordestinas do forró tradicional. "O Rei do Baião é sempre uma influencia boa. Desde cedo, meu pai era fã e, por intermédio dele, aprendi tudo sobre o mestre. A presença vem desde pequeno. A paixão pela musica vem dele. Ao longo da carreira fiz apenas me manter filiado a sua marca", explica o artista.

Pelo sexto ano consecutivo, o forrozeiro não esconde a emoção de tocar no palco principal do Forró Caju. "É sempre uma nova emoção tocar para o público sergipano. Ele sempre me recebe com carinho e está sempre acompanhando o meu trabalho, buscando na internet as letras das músicas, me seguindo no Twitter. É muito bom poder fazer parte desta grande festa", destaca Targino.

Receptividade

E a dedicação do músico foi aplaudida pelo público que lotou a praça Hilton Lopes. Ricardo Rabelo, 40, por exemplo, veio de Salvador para assistir ao show do artista. Acompanhado de Bruna Andrade, 18, o turista destaca o trabalho de pesquisa musical do forrozeiro. "Acho Targino um dos mais importantes forrozeiros da atualidade. Já conheço o seu trabalho e a valorização da cultura nordestina, por meio do forró pé-se-serra, é o ponto de mais destaque de seu estilo", ressalta.

Já o casal Austeclínio Aragão, 65, e Maria Fátima Costa, 54, afirma que o ritmo do forrozeiro foi um dos motivos que os levou a vir à festa. "É um trabalho lindo. Todos os anos a gente vem. O pé-de-serra dele é muito bom. Faz a gente voltar ao tempo do forrozinho de interior. Está de parabéns a vinda dele para o Forró Caju", elogia Austeclínio. 

Confira entrevista no eaju:

http://www.youtube.com/eajucom