Figura sempre presente em terras sergipanas, o cantor Jorge de Altinho atraiu um grande público para a praça de eventos Hilton Lopes na última noite do Forró Caju 2010. Autor de grandes sucessos como ‘Se o povo falar', ‘Vida viola', ‘Petrolina-Juazeiro', entre outros, incluindo canções gravadas pelo Trio Nordestino, o cantor e compositor pernambucano mostrou aos forrozeiros músicas do seu mais recente CD, intitulado ‘Dois Eus', e também cantou clássicos do forró, animado fãs e casais apaixonados que vieram curtir o encerramento do maior e melhor forró do Brasil.
Conhecedora do trabalho do artista, a acadêmica de ciências contábeis Rafaela Goulart, 20 anos, disse que o show correspondeu às suas expectativas. "Gosto muito do trabalho dele e esse novo show é perfeito para encerrar esta edição do Forró Caju", declarou. Segundo Rafaela, que curtiu com o namorado quatro das 12 noites de festa, o balanço do Jorge de Altinho é contagiante. "Viemos com a pretensão de dançar muito e a apresentação nos leva a isso, não tem como ficar parado", falou.
Também curtindo a última noite do Forró Caju, o casal formado pelo auxiliar administrativo Marcos Antônio, 29 anos, e Tamires Oliveira, 20, disse que pretende ficar até a última banda. "Estamos curtindo muito o show do Jorge de Altinho, o repertório está muito bacana, ideal para forrofiar", opinou.
Com o carisma que lhe é peculiar, o cantor recebeu a equipe da Agência Aracaju de Notícias (AAN) e concedeu uma entrevista especial, onde falou, entre outros assuntos, da sua trajetória e da relação que mantém com Sergipe e com os sergipanos. Confira alguns trechos:
Agência Aracaju de Notícias (AAN): Você foi o introdutor dos arranjos de metais no forró tradicional. Qual sua avaliação dessa experiência?
Jorge de Altinho: Extremamente positiva. Consegui essa façanha, mas sem perder a essência do bom forró de raiz e das lições que Luiz Gonzaga deixou pra todos nós. E isso graças à influência de alguns ídolos.
AAN: São quase 30 anos de carreiras, 37 discos gravados e uma agenda repleta de shows por todo o Nordeste e em outras regiões. O que falta a Jorge de Altinho?
J.A.: Tenho estudado a possibilidade de fazer dois trabalhos em homenagem a dois artistas que admiro muito e que me influenciaram na introdução dos metais no forró, que são Raul Seixas e Tim Maia.
AAN: Você e Sergipe mantêm uma relação baseada na admiração e no carinho. Como você encara isso?
J.A.: O carinho entre nós é recíproco. Depois de Pernambuco, Sergipe foi o Estado em que me lancei como cantor. Gosto muito daqui e do povo, que sempre me recebe de braços abertos e se identifica com meu trabalho. Inclusive já fui homenageado no Fórum do Forró, realizado pela Prefeitura de Aracaju. Sempre que puder estarei cantando para o povo sergipano.
AAN: Você é considerado um dos melhores cancioneiros que já existiu. A que se deve esse seu estilo?
J.A.: Talvez por me considerar mais compositor do que cantor. Gosto de escrever sobre a vida, o amor, as tradições e o cotidiano do povo nordestino, e isso me faz muito feliz.