Foram 12 dias de festa, 49 atrações no palco Luiz Gonzaga, mais de 60 apresentações de artistas sergipanos no palco Gerson Filho, além de quadrilhas e trios pé-de-serra no arraial. Os camarotes trouxeram diversos atrativos para os convidados, apostando na tecnologia e na recepção diferenciada, assim como fizeram os bares instalados na praça de eventos Hilton Lopes. O camarote da acessibilidade, mais uma vez, garantiu aos deficientes um local privilegiado para assistir aos shows.
As cores da camisa da seleção invadiram a festa, e o verde e o amarelo prevaleceram na decoração e nas roupas dos forrozeiros, que comemoraram a alegria de cada vitória do Brasil na Copa do Mundo ao som de muito forró. A paquera invadiu a área e os sucessos das bandas embalaram os casais de namorados.
O esquema de segurança garantiu a tranquilidade durante as 12 noites, com a supervisão das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros, SAMU, Conselho Tutelar e Vigilância Sanitária. A imprensa trabalhou firme na cobertura, divulgando tudo que acontecia durante a festa. Vendedores, taxistas e catadores de latinhas aproveitaram o evento para aumentar a renda durante os festejos juninos.
Sugestões
O Forró Caju 2010 foi um sucesso e já deixa saudades. Forrozeiros e vendedores se despedem da festa deixando sugestões para que a próxima edição seja ainda melhor. A artesã Lidiane Silva disse que a estrutura deste ano foi muito boa. Para ela, o que não pode faltar ano que vem são as bandas das quais é fã: Calypso, Aviões do Forró, Calcinha Preta, Forró do Muído e Cavaleiros do Forró. "Se for pra mudar alguma coisa é só aumentar o espaço, para que todo mundo possa brincar junto", opina.
Na opinião de Cristiane Batista, amiga de Lidiane, é preciso trazer algumas atrações que não vieram nesta edição. "Tem que trazer Magníficos, Cavalo de Pau e Saia Rodada, aí a festa fica completa", diz. Para a radialista Gersines Kelly não pode faltar Elba Ramalho, Flávio José, Falamansa nem Zé Ramalho. "Se for pra mudar alguma coisa é só colocar banheiros em mais locais", sugere.
Para o vendedor ambulante Tiago Santos, a estrutura não precisa mudar. "Sugiro que a segurança fique um pouco até mais tarde, depois que acabar os shows, para que não aconteça nenhum problema com quem fica até o final", destaca. E por falar em segurança, o vendedor Lucas Souza diz que a polícia tem que continuar circulando para evitar brigas. "Infelizmente tem gente que vem e não sabe aproveitar a festa", lamenta.
Valorização
Raimundo Nonato, vendedor de lanches e bebidas, conta que a padronização das barracas seria uma boa iniciativa. Ele comenta ainda que o público sergipano tem que valorizar mais a própria cultura. "Temos que fazer com que nossos artistas sejam divulgados, fiquem conhecidos. É preciso valorizar o que é da terra, nós temos uma cultura muito bonita. O Forró Caju é um grande evento, o público tem que se dar conta disso e fazer com que esse sucesso exploda para o mundo todo", conclui.