A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc), em parceria com o Governo do Estado, realizou nesta quarta, dia 14, o ‘Seminário de Sensibilização Para o Enfretamento ao Crack em Aracaju'. O debate foi realizado durante todo o dia, no auditório da OAB, e teve como objetivo abordar a problemática do crack nos diversos campos sociais.
O evento, idealizado pela Semasc, faz parte do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, instituído pelo Decreto Presidencial n° 7.179/2010, e fundamentado em quatro eixos: integração de ações de prevenção, tratamento e inserção no meio social; diagnóstico da situação sobre o consumo do crack e suas consequências; campanha permanente de mobilização, informação e orientação; e formação de recursos humanos e desenvolvimento de tecnologias.
Conhecido como a droga da morte, o crack entra nos diversos setores sociais. Ela tem sido responsável por 70% dos delitos em Sergipe. Para que isso seja evitado, a Prefeitura de Aracaju e o Governo do Estado, em parceria com o Departamento de Narcóticos (Denarc) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), estão direcionando suas ações à política de prevenção.
A secretária de Assistência Social e Cidadania de Aracaju, Rosária Rabelo, acompanhou os trabalhos desenvolvidos no seminário e coordenou as discussões do primeiro painel. Segundo ela, "o crack tem devastado várias famílias e o poder público deve compartilhar com elas e com as diversas instituições as formas de prevenção", afirmou.
A primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, esteve no evento e ressaltou a importância da prevenção. "O crack não pode ser experimentado. É uma droga muito forte, por isso a prevenção é a nossa melhor arma de atuação", disse. A primeira-dama ainda parabenizou a iniciativa da Semasc. "Parabenizo o município de Aracaju pela iniciativa de trazer pessoas qualificadas para levar informações valiosas para todos os municípios", completou.
Primeiro painel
O agente de Polícia Civil, lotado no Denarc, Givaldo Nascimento, apresentou o primeiro painel. Givaldo abordou o tema ‘Diagnóstico da Situação do Crak no Estado de Sergipe e no Município de Aracaju'. Segundo ele, "a prevenção é urgente e indispensável. Para acabar com essa situação, todos devem ser atingidos. Devemos levar as informações mais simples para que todos entendam, pois a palavra dita no tempo certo tem muito efeito", disse.
No segundo painel, a assistente social, Mestre e Consultora do Projeto de Prevenção ao Uso de Drogas, Amélia Rodrigues Nonticuri, do Departamento Regional do Serviço Social da Indústria (Sesi) do Rio Grande do Sul, explanou sobre "As vivências de adolescentes e jovens com o crack e suas relações com as políticas sociais protetoras neste contexto". Para Amélia Rodrigues, "a iniciativa em prol do enfrentamento sozinha não vai dar conta de toda a problemática, mas é o princípio de uma caminhada de gente que pensa. E é nessa caminhada que a rede vai se fortalecendo", afirma.
O curso foi voltado para assistentes sociais e psicólogos que atuam nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e Centros de Referência de Assistência Social (Cras). Para Rosânia Michelle de Souza, 24 anos, estagiária de serviço social, havia uma grande necessidade por eventos que trouxessem mais informações sobre o tema para os profissionais. " O seminário foi de suma importância para a cidade sergipana, pois o índice de usuários dependentes do crack vem crescendo sem que a população perceba", afirmou.
