Considerada uma obra de fundamental importância para a paisagem urbanística da capital, e, principalmente, para a preservação de um ecossistema tão presente no estado de Sergipe, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), mantém em ritmo acelerado as obras do Museu do Mangue, às margens da Maré do Apicum, no bairro Coroa do Meio.
Iniciada em maio deste ano, a obra é resultado da parceria entre a Prefeitura de Aracaju e o Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades. O museu representa um investimento de R$ 1.671.627,27. De acordo com o engenheiro da Emurb, Adroaldo Celso de Oliva, cerca de 40 operários trabalham de segunda à sexta-feira na execução dos serviços que já perfazem 25% do total da construção.
"Por estar dividido em quatro áreas diferentes, ainda que próximas umas das outras, optamos em distribuir os profissionais para cada uma delas a fim de que não ocorram atrasos. No entanto, foi feito todo um estudo a fim de que a área do manguezal não fosse afetada e não sofresse nenhum tipo de dano ambiental", explica o engenheiro.
Ele acrescenta que algumas obras já estão em fase de finalização. "No núcleo de apoio aos pescadores falta apenas os acabamentos. O centro produtivo - composto por cinco salas e que servirá como laboratório, núcleo de capacitação entre outras finalidades -, está com 80% das obras concluídas. Já no museu, que será edificado em forma de cinco quiosques interligados por um passadiço de madeira, foram feitas as fundações e as vigas de sustentação", detalha Adroaldo.
O Projeto
Além do museu, núcleo de apoio aos pescadores e centro produtivo, o projeto é composto de quiosque, píer, complementação das quadras de esportes, módulo de apoio à saúde, espaços para a realização de oficinas, palestras, exibição de vídeos e exposições, dois atracadouros, além de estacionamentos para carros e ônibus de turismo. Todo o complexo segue as normas nacionais de acessibilidade com rampas e piso táctil.
De acordo com o presidente da Emurb, engenheiro Paulo Costa, o complexo é um marco na política de preservação do meio ambiente adotada pela Prefeitura de Aracaju. "O Museu do Mangue servirá não apenas de ponto turístico, mas, principalmente, como um ponto avançado para pesquisas acadêmicas e científicas, em especial sobre a biodiversidade e os fatores ambientais presentes nesse tipo de ecossistema", ressalta.
