Autonomia. É isso o que o Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual (CAP), mantido pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), busca proporcionar aos deficientes visuais da cidade, no intuito de auxiliar no processo de desenvolvimento de habilidades e preparar pessoas com pouca ou nenhuma visão para os desafios da vida.
Com aulas de soroban (espécie de ábaco para o ensino de cálculo matemático), braille, música, ‘estimulação precoce' e ‘orientação e mobilidade', o CAP funciona como um suporte à escola. "O nosso objetivo é dar acesso ao aluno cego ou de baixa visão ao mercado de trabalho, à vida profissional", comenta a diretora do Centro de Apoio Pedagógico, Joana D'Arc.
"Tudo começa aqui: o resgate da autoestima, os sonhos, os projetos. É um novo aprendizado, uma experiência nova que fui descobrindo gradativamente", conta Robyson Guidise, 32 anos, que já foi aluno do CAP e hoje é bibliotecário e instrutor de programas específicos para deficientes visuais. Robyson perdeu a visão aos 15 anos e começou a frequentar o Centro de Apoio aos 25.
Segundo a diretora do CAP, não existe idade certa para despertar os sentidos. Cabe a cada um desvendar o seu tempo de aprendizado. "Recebemos muitos bebês. O trabalho com crianças é bem específico. Na fase de 0 a 6 anos, ajudamos a criança a conhecer texturas, reconhecer objetos e sabores", relata Joana.
Atendimento
Criado em 1998, o CAP de Aracaju é o primeiro do país mantido por uma administração municipal. Para se matricular, o cidadão deve levar um relatório médico detalhando suas limitações visuais e ser avaliado pela equipe do Centro de Apoio. O CAP fica localizado na rua Vila Cristina, nº 194, bairro São José. O horário de funcionamento vai das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30.