Samu realizou 16 mil atendimentos no 1º semestre

Saúde
19/08/2010 18h14
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Mais de 146 mil chamadas recebidas e 16 mil atendimentos efetuados, o que se traduziu em milhares de vidas salvas. Esses são os números do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Aracaju (Samu Aracaju) registrados de janeiro a julho de 2010, que atestam a excelência do trabalho realizado e o profissionalismo de todos os envolvidos.

O Samu atua na capital sergipana desde 2003. Nesses sete anos de atividades os resultados são expressivos, e a perspectiva é de qualificação e ampliação dos trabalhos com a aquisição de novas ambulâncias, implantação de motolâncias e construção de uma nova base para agilizar o atendimento na zona de expansão da capital.

De acordo com a coordenadora de Urgência e Emergência do Samu, Waneska Souza Barbosa, o aumento da frota permite a regionalização e a redução do tempo-resposta no atendimento. "Quando o Samu foi implantado, a estrutura era definida a partir do critério populacional. Hoje, o critério é o menor tempo-resposta", conta.

Zona de Expansão

Por conta dessa mudança de critérios, há um projeto de construção de uma base anexa à Unidade de Saúde Geraldo Magela, no conjunto Orlando Dantas. A obra está sendo orçada e em breve a base atenderá a zona de expansão de Aracaju.

"Para se ter uma ideia, uma ambulância saindo da base no Siqueira Campos para atender uma ocorrência no Mosqueiro gasta cerca de 30 minutos. Com a base no Orlando Dantas, esse tempo cairá para 15 minutos", explica Waneska.

Para completar a estrutura da nova base, foi solicitado ao Ministério da Saúde (MS) o envio de mais três ambulâncias, sendo uma Unidade de Saúde Avançada (USA) e duas Unidades de Saúde Básicas (USB).

Frota

Hoje o Samu Aracaju conta com oito ambulâncias, sendo seis USB e duas USA. Recentemente, o município recebeu três novos veículos do Governo Federal, dentro do plano de renovação da frota. "Até o final do ano iremos adquirir mais três, e com o intuito de ampliar a frota já encaminhamos um pedido de novos veículos", afirma.

Ainda entre ações voltadas à ampliação e ao aperfeiçoamento do serviço na capital sergipana está a aquisição de motolâncias e a capacitação constante dos profissionais que trabalham nas unidades móveis.

"Todos os envolvidos são devidamente capacitados e passam constantemente por cursos de reciclagem. Recentemente foram capacitados os profissionais que irão trabalhar nas motolâncias, cuja implantação se dará em breve. Estamos em processo de licitação e logo estaremos com as motolâncias nas ruas, o que nos ajudará muito a chegar mais rápido ao local da ocorrência e prestar os primeiros socorros", diz Waneska.

Trotes

Um obstáculo corrente no desenvolvimento das atividades do Samu tem sido a grande ocorrência de trotes. Segundo Waneska, cerca de 30% a 40% dos chamados são falsos. "Isso atrapalha bastante, pois o tempo que se gasta enviando uma ambulância para uma falsa ocorrência poderia servir para atender uma necessidade real. Para evitar que isso ocorra, o médico que realiza o atendimento faz várias perguntas. Ele quer saber se a ocorrência é verídica", explica Waneska.

De acordo com ela, é constante a ligação de crianças dizendo que há um acidente ou alguém passando mal. Há também aqueles chamados em que a pessoa passa por um local, observa alguém passando mal e então liga para o Samu sem ter muitas informações.

"Entretanto a pessoa que está mal muitas vezes nem quer o atendimento. Recentemente aconteceu um caso desses e esse tipo de coisa prejudica muito. É preciso cada vez mais que as pessoas tenham consciência do nosso trabalho e dos prejuízos dos trotes", frisa a coordenadora do Samu.