Serão abertas nesta sexta-feira, 3, às 17h, na Biblioteca Pública Epiphânio Dórea, as exposições itinerantes 'Dengue' e 'Imagens da Peste branca: memória da tuberculose'. O evento, que conta com a apresentação do Quarteto de Cordas da Universidade Federal de Sergipe (UFS), acontece graças a uma inédita parceria firmada entre a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o Hospital Universitário de Sergipe, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Baseada em extensa pesquisa desenvolvida pela Casa de Oswaldo Cruz, da Fiocruz, com o apoio do Centro de Referência Professor Hélio Fraga, vinculado ao Ministério da Saúde, a exposição traça um panorama das doenças no Brasil do início do século até a atualidade. Por intermédio de cartazes, fotografias, caricaturas, documentos, vídeos e objetos que revelam a história da tuberculose, o público conhecerá a institucionalização da luta contra a doença, ocorrida a partir de 1900, com a criação da Liga Brasileira contra a Tuberculose.
A atualidade da questão da tuberculose é indiscutível, tendo em vista o aumento do número de casos da doença associado à pobreza, à resistência bacteriana e à incidência da Aids. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30 milhões de pessoas morrerão nos próximos 10 anos em consequência da tuberculose. No Brasil, 90 mil novos casos surgem anualmente e, destes, cerca de seis mil acabam em óbito.
Mostra
Percorrendo o circuito da mostra, o visitante terá acesso a uma ambientação cenográfica retratando um consultório médico dos anos 30/40. Nessa época, era comum o tratamento pelo pneumotórax, bem como as cirurgias de toracoplastia e frenicectomia. O melhor remédio, no entanto, ainda era o descanso em sanatórios de altitude e a boa alimentação.
No século XIX, a tuberculose esteve associada a uma aura de romantismo. Era chique, entre artistas e poetas, escrever sobre a doença, padecer ou até morrer de tuberculose, por amor, evidentemente. Na exposição, além de trechos de obras de poetas românticos, pode-se encontrar poemas de Augusto dos Anjos, Cruz e Souza, Manoel Bandeira e Mário de Andrade.