Brasileiros de até 30 anos começam a fumar, em média, aos 17 anos. É o que revela os dados recentes da Pesquisa Especial de Tabagismo (PETab) do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para alertar os adolescentes sobre os malefícios do cigarro, a campanha da Prefeitura de Aracaju ‘Respire qualidade de vida: Aracaju sem cigarros' esteve nesta sexta-feira, 17, no Colégio Dom Luciano Cabral Duarte.
A abordagem educativa aconteceu no auditório do colégio e reuniu mais de 130 estudantes dos ensinos fundamental e médio. A ação antifumo contou com panfletagem, adesivagem do totem da campanha e palestra. O grupo de teatro da Prefeitura de Aracaju ‘A Arte de Prevenir' também se fez presente na ação apresentando duas intervenções sobre tabagismo.
"O nosso objetivo é alertar esses adolescentes quanto ao risco do fumo e sobre a importância da participação deles para que Aracaju, que já é a capital brasileira com menor número de fumantes, reduza ainda mais esse índice", disse a assessora técnica da Vigilância Sanitária de Aracaju (Covisa), Jacklene Andrade.
Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Saúde do Adulto, Ângela Santos, a ação de hoje é importante pelo caráter preventivo. "Essa é a faixa etária com maior incidência no aumento do número de fumantes. Queremos abordar a prevenção dos fatores de risco para o controle de possíveis doenças na fase adulta. O cigarro não mata rapidamente, demora no mínimo 15 anos para surgirem os primeiros sintomas de doenças, portanto, queremos prevenir esse vício na adolescência para que os males do cigarro não apareçam na fase adulta", pontuou a palestrante.
Conscientização
Para os meninos e meninas que lotaram o auditório do Dom Luciano, a ação antifumo da Prefeitura de Aracaju na escola foi uma oportunidade de esclarecimento. "A maioria dos jovens acaba fumando por influência, devido as más companhias. Muitos são induzidos e entrarem nessa sem ter muita noção sobre as consequências. Por isso, um momento como esse é muito importante para nós", afirmou a estudante do 2º ano do ensino médio, Shirley Maia, de 16 anos.
Também aluno do 2º ano do ensino médio, Gustavo Paulo dos Santos, 16, enxerga a ação como uma valorosa estratégia de conscientização para os estudantes. "A maioria dos adolescentes chegam a outras drogas a partir do uso do cigarro. Além de que, se uma pessoa fuma ao meu lado, eu acabo sendo prejudicado, mesmo que eu nunca coloque um cigarro na boca".
Já um pouco mais maduro que os colegas, George Barreto dos Santos, de 18 anos, comenta que hoje em dia para muitos adolescentes fumar é um gesto comum. "Hoje não tem idade para começar. Já me ofereceram, mas eu rejeitei. Perguntei porque ele fumava e ele respondeu que era uma distração, uma forma de esquecer os problemas. Fiquei sem entender. Acho que uma campanha como essa serve para nos fazer pensar e agir melhor antes de aceitar um cigarro e passar esse conhecimento para outras pessoas", declarou o rapaz.