Centenas de alunos e professores da rede municipal de ensino estão sendo conscientizados sobre os perigos da dengue e da tuberculose com base na exposição itinerante realizada desde o dia 20 de setembro na Biblioteca Pública Epifânio Dórea. A ação, cuja iniciativa é do Hospital Universitário, também tem como objetivo divulgar o histórico das doenças e o que tem sido feito pelos órgãos sanitaristas para melhor acompanhá-las e controlá-las.
Denominada ‘Dengue e Tuberculose', a exposição já foi apreciada por alunos de diversas escolas municipais de ensino fundamental (Emefs), entre elas Dr. Carvalho Neto, localizada no bairro Novo Paraíso; Olavo Bilac, no bairro Cidade Nova; Olga Benário, no Santos Dumont e Professor Alcebíades Melo Vilas Boas, situada no bairro Industrial.
Supervisores de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram convidados para explicar como o mosquito Aedes aegypti transmite a dengue, assim como para tratar das formas de prevenção e de combate à doença. "Em Aracaju, cerca de 250 agentes trabalham visitando casas e descobrindo possíveis focos do mosquito", declarou o supervisor de endemias, Gilvan Dias Carvalho.
"Ministrar palestra para essas crianças é uma forma de propagar as informações recebidas. A criança pergunta e questiona, portanto pode ser considerada uma transmissora de conhecimentos", refletiu Gilvan. Além da apresentação, os alunos receberam cartilhas sobre como romper o ciclo da dengue e como se proteger da doença.
Descoberta
A professora polivalente da Emef Olavo Bilac, Maria de Fátima Conceição, explica que tais atividades permitem aos alunos a descoberta de novas formas de aprendizado. "Em sala de aula procuro desenvolver questões relacionadas à higiene, por isso explico o quanto é importante evitar água parada em recipientes plásticos", destacou Maria de Fátima. Ela ressalta que a dengue ainda existe por descaso da população. "É importante que os estudantes repassem essas informações para seus pais e vizinhos", frisou.
A aluna Clívia Santana, da Emef José Carlos Teixeira, participou do primeiro dia do ciclo de atividades. Segundo ela, as ações de combate à dengue são desenvolvidas com frequência. "Assisti uma peça teatral em que uma família inteira foi picada pelo mosquito da dengue, e, após muitos cuidados, seus integrantes conseguiram se curar. Sem dúvidas, essa foi uma forma engraçada de aprender mais sobre a doença", contou a menina.
Tuberculose
Responsáveis pela discussão sobre a tuberculose, os alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que cursam o 5º período de medicina falaram sobre a doença de uma maneira simples, através dos cartazes da Fundação Oswaldo Cruz. Interessados, os alunos da Emef Olavo Bilac fizeram perguntas e responderam a questionamentos feitos pelos facilitadores. "Fiquei admirada com o potencial desses alunos, não apenas pela curiosidade, mas pela inteligência deles", ressaltou a estudante universitária, Cristiane Santana.
"Tratamos de aspectos importantes ligados à tuberculose, como a vacinação da criança ao nascer, com a ‘BCG', e a forma de contágio da tuberculose, que pode ser através do ar contaminado eliminado pelo indivíduo infectado", acrescentou Cristiane. Além disso, os estudantes da UFS também trataram do ‘Bacilo de Koch', microorganismo causador da infecção.