Participação popular é decisiva na coleta seletiva

Serviços Urbanos
29/10/2010 16h27
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O sucesso da coleta seletiva em Aracaju depende da participação de todos. "Para conseguirmos que o projeto funcione, é fundamental que, além da cooperativa e do poder público, a população faça a sua parte", afirma a presidente da Empresa Municipal de Serviços (Emsurb), Lucimara Passos.

Por meio da Emsurb, Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) atua na coleta urbana de lixo. A equipe da Assessoria Técnica organiza os horários e a trajetória dos caminhões até a entrega do material para a Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care).

Localizada no Bairro Santa Maria, a Care trabalha separando a lixo reciclável, o rejeito (mistura entre lixo seco e lixo úmido) e embalagens que podem ser aproveitadas no reuso. Criada em 1999, a cooperativa tem 45 catadores, recebe entre 70 e 80 toneladas de lixo por mês e atende cerca de 60 crianças pelo Recrear.

No entanto, um dos grandes problemas da coleta atualmente é o nível de rejeito - termo técnico que se refere à quantidade de lixo coletada e o quanto dela é realmente reciclável.  "Como as pessoas não fazem a separação corretamente, pouco do lixo seco pode ser aproveitado. Se você coloca um resto de peixe junto com caixas, acaba contaminando", explica Célia Bastos, da Assessoria Técnica.

Poder público

De acordo com os dados da Emsurb, a população aracajuana produz 400 toneladas diariamente e apenas 80 toneladas são recicladas por mês. Apesar de contar com 26 localidades de coleta na cidade, entre bairros, conjuntos, condomínios residenciais, a Emsurb tenta agora, além de ampliar esse número, conscientizar os cidadãos.

No bairro 13 de Julho e na avenida Jornalista Santos Santana, a equipe começou um trabalho de visita às residências, entregando panfletos e conversando com os moradores. Acreditando na causa, a equipe também fica disponível para palestras sobre o assunto e, do escritório, atendem constantemente ligações de pessoas que querem informações sobre a passagem dos caminhões, por exemplo.

Caso os moradores de um condomínio, por exemplo, decidam participar da coleta, o procedimento é ligar para a Assessoria Técnica da Emsurb e averiguar em quais dias e horários a localidade por ser inserida no trajeto. Essa coleta pode ser feita uma vez por semana ou mais a depender da necessidade de região. É aconselhável que as pessoas deixem um espaço em casa onde diariamente possam colocar o lixo seco até que possa ser recolhido pelo caminhão.

Contribuição

Para diminuir o volume que ocupam nas áreas dos prédios ou até mesmo em casa, os moradores devem, após passar água nas embalagens, desarmar caixas ou amassar as latas. Dessa maneira, é mais fácil guardar esse material em casa. Embalagens de extrato de tomate, leite longa vida, iogurte, entre outras, podem ser descartadas no lixo seco, assim como isopor e embalagens de biscoito.

Essas duas últimas, no entanto, são destinadas ao reuso e não à reciclagem. O reuso, por sua vez, cumpre um papel importante na empregabilidade dessas pessoas que fazem a separação do lixo e vivem da coleta. Eles criam peças artesanais que posteriormente serão vendidas. Além disso, há localidades com alguns postos de coleta.

Ao lado do Mirante da 13 de Julho, há quatro depósitos de lixo que são periodicamente recolhidos pela PMA. Caso não queiram guardar em casa, os moradores da região podem levar o lixo seco e descartar nos bonecões. Integrando ações assim, os aracajuanos estarão ajudando para diminuir os custos da PMA com o tratamento do lixo, para gerar trabalho e renda e garantindo uma Aracaju com mais qualidade de vida às futuras gerações.