A concentração dos meninos e das meninas revelava: os três curtas-metragens de animação exibidos no Núcleo de Produção Digital (NPD) Orlando Vieira acertaram o alvo. A exibição desta quarta-feira, 10, faz parte do Programa Paralela Infantil, desenvolvido por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju), à qual o NPD está vinculado. Através da iniciativa, alunos de escolas públicas municipais podem assistir curtas-metragens brasileiros toda quarta-feira.
Os filmes da Programadora Brasil, que fornece gratuitamente os DVDs, tratam sempre de temas fundamentais à infância e são uma ótima fonte de discussão didática. Os curtas de hoje trataram do respeito ao outro. A coordenadora do NPD, Graziele Ferreira, afirma que a manutenção da Paralela Infantil representa um investimento na formação de plateia a longo prazo. "Além disso, a receptividade das crianças é sempre muito boa", conta.
De acordo com ela, os vídeos da Programadora Brasil fazem parte de uma seleção de curtas que não é exibida nos cinemas. "Com esse projeto, crianças brasileiras podem ver a produção de outros brasileiros, e de excelente qualidade, que nem todo mundo pode ver", conclui Graziele.
Experiências
De acordo com a coordenadora de projetos da Semed, Helenizia Cardoso, os filmes servem de base para algumas atividades realizadas pela equipe. "Antes da exibição, trabalhamos com eles as sinopses e eles fizeram cartazes sobre os curtas. Posteriormente, na sala de aula, a professora irá discutir o conteúdo de cunho moral", explica Heleniza. Além de ver com os olhos do aprender, a galerinha da turma de 3ª série da Escola Municipal José Conrado de Araújo se divertiu bastante com as animações.
Bruno Marques, 10 anos, gosta de filmes e nunca tinha ido ao NPD. No cinema o último filme que ele viu foi Toy Store 3. De olhos bem abertos, quando o filme começa, ele se concentra e deixa a imaginação correr solta. Sem nunca ter ido ao cinema, a estudante Isabela Santana, também de 10 anos, diz que a experiência foi única para ela. "Só costumo ver filme na televisão", diz Isabela. A professora da turma, Sônia Maria Soares, também nunca tinha visto os vídeos e gostou tanto quanto os meninos.