PMA discute obras do PAC com líderes do Coqueiral

Infraestrutura
25/11/2010 09h47

Com o objetivo de estreitar os laços entre lideranças comunitárias e gestores do projeto de urbanização do Coqueiral, foi realizada na noite dessa quarta-feira, 24, uma reunião no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) do bairro. Na ocasião, foram passadas informações sobre o andamento dos serviços que estão sendo executados no local, com recursos da Prefeitura de Aracaju, do Governo do Estado e do Governo Federal, no âmbito do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

As obras incluem a pavimentação de 15,5 km de ruas, totalizando 116 vias beneficiadas, colocação de 5.200 metros de tubos para drenagem, 15 mil metros de tubulação de esgoto e a construção de 600 unidades habitacionais. O investimento é de cerca de R$ 30 milhões.

Presente à reunião, o secretário municipal de Planejamento, Dulcival Santana, lembrou que um outro encontro semelhante já havia sido realizado há cerca de um ano, em uma fase mais conturbada da obra. "Executar uma obra desse porte é muito difícil, e sua realização só está sendo possível graças ao PAC. É um serviço de grande complexidade e amplitude", afirmou.

Ele lembrou que no bairro eram necessárias inúmeras ações, principalmente em função do relevo da região, que possui muitas ruas irregulares. "Um dos grandes problemas dessa obra é que ela está sendo realizada por empreiteiras diferentes. Portanto, a dificuldade é natural, sabíamos que ela existiria", disse o secretário.

Mas, segundo Dulcival, a obra está passando, atualmente, por uma fase bem melhor, menos complicada. "Tivemos problemas com rescisão de contratos, de ordem legal. Executar essa obra de maneira rápida é bom para todo mundo, para a comunidade, para o município, para os governos estadual e federal, mas na prática esse tipo de realização é difícil", explicou.

Setores

Ainda de acordo com Dulcival, a obra foi dividida em seis setores, que estão sendo atendidos por partes, de acordo com as prioridades da comunidade. "A obra está sendo feita com velocidade, mas o período de chuvas atrapalhou um pouco", disse.

O diretor da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), Max Montalvão, endossou as palavras de Dulcival e falou sobre as atribuições do órgão na obra. "A prefeitura contratou a Deso para fazer o esgotamento sanitário, o abastecimento de água e a drenagem. Essa é a primeira vez que a Deso executa uma obra de drenagem", declarou o diretor.

De acordo com Montalvão, houve também muitas dificuldades com relação à licitação. "Tivemos empresas que não cumpriram o que determinava o contrato, então precisamos rescindir e fazer uma nova licitação. Esse foi um processo que nos causou muitos transtornos", revelou. O diretor da Deso contou, ainda, que o momento mais crítico já passou. "Estamos chegando ao final, tendo passado por muitas dificuldades no caminho, mas uma coisa é certa: todos nós desejamos concluir essa obra o mais rápido possível", assegurou.

Andamento

Paulo Costa, presidente da Empresa Municipal de Obras e Ubanização (Emurb), também presente à reunião, falou um pouco às lideranças comunitárias sobre o andamento das obras e as dificuldades encontradas. "Ao invés de ficar fazendo tudo a toque de caixa, tomamos a decisão de realizar a obra por etapas, de forma racional. Essa obra tem servido de aprendizado para mim, para os fiscais de obras, os diretores, para a Emurb como um todo", ressaltou.

Em seguida, o presidente da Emburb explicou o que já foi feito em cada um dos setores da obra. "Primeiro nós focamos nos setores 4 e 5, onde falta muito pouco a ser feito, apenas metade de uma rua, que não foi concluída ainda porque está muito encharcada. Entramos também no setor 6, e estamos trabalhando lá junto com a Deso. Estamos no setor 1, mas no 2 apenas a Deso está realizando ações", detalhou.

Paulo Costa fez questão de ressaltar que a obra está sendo realizada de maneira bastante organizada. "Só assim iremos vencer o desafio de urbanizar o Coqueiral, deixando o bairro totalmente pavimentado", afirmou o presidente.

Questionamentos

Depois da apresentação do andamento das obras pelos gestores, foi aberta a discussão para participação das lideranças comunitárias presentes. O morador Carlos Santos questionou a respeito da conclusão da obra, já que, segundo ele, ainda falta muita coisa a ser feita. A ele, Max Montalvão respondeu que realmente ainda são necessárias algumas ações. "Mas a maior parte já foi concluída", disse.

O líder comunitário Denilson Celestino parabenizou a iniciativa da reunião, afirmando que a presença do secretariado atrai as lideranças em massa. "Quando nos unimos, somos mais fortes, principalmente nas questões prioritárias, como a saúde, educação e assistência social", enfatizou ele.

O morador questionou possíveis problemas de esgotamento sanitário nos setores 4 e 5. "Todos os aspectos da obra foram avaliados por especialistas, que cumprem aquilo que o projeto prevê", tranquilizou Dulcival.