Para melhorar o atendimento a pacientes com dengue, a Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Covepi/SMS) capacitou nesta segunda-feira, 29, todos os médicos e enfermeiros que trabalham nas 43 Unidades de Saúde de Aracaju. O treinamento, que obedece às novas diretrizes do Ministério da Saúde no cuidado e estadiamento do paciente com dengue, aconteceu das 8 às 17h no Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps) da Prefeitura de Aracaju.
Os novos parâmetros da assistência ao paciente acometido pela doença são resultado de análises das dificuldades encontradas em períodos epidêmicos e da observação de experiências que tiveram resultados positivos na Rede Básica. "A nova Política de Humanização do Atendimento do Paciente com Dengue do Ministério da Saúde determina que o atendimento deve respeitar uma classificação de prioridade, que mede o risco dos sintomas apresentados pelo indivíduo que chega à rede de atendimento", explicou a coordenadora da Covepi, Taíse Cavalcante.
Para a médica da Unidade de Saúde Max Carvalho, Tergiani Terra Giansante, a capacitação realizada nesta segunda vai facilitar o diagnóstico, atendimento e tratamento dos pacientes com dengue nos mais diferentes níveis e estágios da doença. "Esse curso vem nos atualizar sobre o estadiamento desse paciente, simplificando a conduta do profissional de acordo com a gravidade dos casos encontrados, o que nos permite um diagnóstico mais precoce. A dengue é uma doença que muda de estado clínico rapidamente, por isso o diagnóstico deve acontecer o mais breve possível para evitar sequelas e óbitos", pontuou a médica.
Confira a classificação por grupos de atendimento:
Grupo A ou grupo azul - pacientes que não apresentam urgência, mas não possuem sinais de alarme, como sangramentos, dores abdominais intensas, vômitos persistentes, sonolência e ou irritabilidade, diminuição da urina e dificuldade respiratória.
Grupo B ou grupo verde - prioridade não urgente, paciente sem sinais de alarme, mas que manifestam pequenos sangramentos (nariz e gengiva). Esses pacientes necessitam de acompanhamento mais direto e podem precisar de hidratação.
Grupo C ou grupo amarelo - precisam de acompanhamento médico 24h, pois podem apresentar sangramentos graves. Esses pacientes precisam ser atendidos o mais rápido possível.
Grupo D ou grupo vermelho - apresentam sinais de choque, pressão baixa, mãos e pés arroxeados. Podem precisar de atendimento em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e, caso não sejam tratados corretamente, podem chegar a óbito.