Seminário discute políticas de DST/Aids e hepatites virais em Aracaju

Saúde
15/12/2010 18h06
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Foi realizado durante esta quarta-feira, 15, no Hotel Parque dos Coqueiros, o I Seminário Sobre a Política Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais. O evento foi voltado para os trabalhadores da Rede de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Na ocasião foram discutidos temas como a vacinação contra Hepatites A e B; panorama das DST/Aids e Hepatites no Mundo, no Brasil e em Sergipe, entre outros. Atualmente estão registrados em Sergipe 2.240 casos de HIV. Desses, 1033 em Aracaju, sendo que 287 são mulheres e 746 homens.

De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde do município, Cristiani Ludmila, o problema dessas doenças é de ordem mundial. "Foram constatados avanços no controle e prevenção mas a situação ainda é muito preocupante. Estamos presenciando o aumento do número de mulheres infectadas, principalmente as casadas, que tem parceiros fixos. Infelizmente, em muitos casos, o diagnóstico é feito tardiamente, já quando a pessoa já está doente e é preciso que isso seja feito mais precocemente", afirma.

A assessora técnica Eurides Rosa representou o secretário de Saúde, Silvio Santos, durante o evento. Ela explica que para interromper a cadeia das Doenças Sexualmente Transmissíveis é preciso contar com a colaboração de todos; desde os trabalhadores aos cidadãos. "Ainda temos muito que avançar em se tratando de prevenção e um longo caminho pela frente para fortalecer o trabalho de prevenção e do diagnóstico precoce das doenças", disse a assessora.

Para Eurides Rosa o objetivo principal do evento  é estimular os trabalhadores para que apliquem o que foi discutido no seminário em seu dia-a-dia de trabalho.  "Nossa responsabilidade aumenta enquanto profissionais de saúde, pois precisamos ampliar o olhar para esses casos. Trabalhar na área da saúde é uma grande missão", explicou.

Patrícia Oliveira representou a coordenação da Rede de Atenção Básica do Município. Para ela, os profissionais dessa rede têm uma grande responsabilidade pois a sua função maior é a atuação na prevenção das doenças, trabalhando, principalmente, na educação dos usuários.

Esforços

O coordenador do programa de DST/Aids e Hepatites Virais, Andrey Lemos, falou sobre a importância dos profissionais da Atenção Básica na luta contra a Aids e DST. Ele afirmou que é preciso fortalecer o trabalho que vem sendo desenvolvido nas Unidades de Saúde da Família da capital, além de estreitar o laço entre esses profissionais e a coordenação de DST/Aids.

"Precisamos somar todos os esforços porque apenas munidos de informação é que poderemos vencer o problema", disse Andrey. Ele também agradeceu o apoio de todos os profissionais da saúde municipal que têm contribuído nas campanhas educativo-preventivas, como a grande caminhada do Dia Mundial contra Aids, como em ações individuais nos bairros, entre outras.

Rosângela Farias é assistente social na unidade Renato Mazze Lucas, no bairro Santos Dumont. Ela se disse contente com a oportunidade de debater o assunto com outros colegas da rede. "É sempre bom estar em contato com outros colegas de trabalho, trocar idéias, sem falar nos temas enriquecedores que estão sendo apresentados aqui hoje", afirma.

A assistente social disse que o maior desafio é levar a informação aos jovens e adolescentes. "Nós procuramos utilizar ferramentas que chamem a atenção desse público para a importância da prevenção. Durante esse ano usamos apresentações teatrais e eles se mostraram receptivos com o método", explica.

Cristiani Ludmila reforçou a importância de se discutir as políticas de DST, prevenção e tratamento. "É preciso que a sociedade e os trabalhadores da saúde possam se desvestir dos mitos e preconceitos e criar novos métodos para abordar os usuários e combater de forma cada vez mais efetiva essas doenças", alerta a coordenadora.