Ao som do grupo 'Tensão do Frevo', 30 homens e mulheres da melhor idade participaram na manhã desta quinta, 3, do baile carnavalesco promovido pelos Projetos Técnicos Sociais executados no bairro Santa Maria pela Fundação Muncipal do Trabalho (Fundat). Os projetos são o resultado de parcerias firmadas entre a Prefeitura de Aracaju, Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan), Fundat, Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese) e a Caixa Econômica Federal.
O evento foi dividido em três momentos. O primeiro foi a abertura, com a realização de danças circulares que despertaram o corpo dos participantes, promovendo a interação do grupo. Os foliões prepararam o salão de festas para o baile. No segundo momento, aconteceu a oficina para recordar os velhos carnavais, por meio da construção de máscaras carnavalescas e marchinhas improvisadas.
As oficinas foram coordenadas pela psicóloga Silvana Barros de Andrade Lima. "À medida que a idade avança, a memória se torna mais seletiva e, para que a atividade intelectual continue a se desenvolver, é necessário uma contínua estimulação", lembrou.
A diretora-presidenta da Fundat, Telma Rios Pimentel, prestigiou o evento e interagiu com o grupo de foliões, inclusive, relatando o papel da fundação, a importância dos projetos e dos parceiros que contribuíram para a efetiva realização do evento. "Acredito que a terceira idade precisa de atenção, carinho, dedicação e ações que contribuam para a elevação da autoestima", declarou.
Telma Pimentel esclareceu que os Projetos Técnicos Sociais são desenvolvidos por assistentes sociais, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Fundat. "Temos que oferecer o que há de melhor às comunidades e, por meio dos projetos, atingimos os objetivos", ressaltou.
Palestras
Maria José da Conceição, 71, há anos reside no bairro Santa Maria e participa assiduamente das reuniões realizadas pelos Projetos Técnicos Sociais. "Cuido da casa, lavo os meus paninhos, vejo televisão e vou para as reuniões. Ah, não tem coisa melhor e, principalmente quando tem um passeio ou festa", enfatizou, acrescentando que as palestras também são importantes.
Maria Dalva Santos, 64, disse que foi um dos melhores bailes de carnaval que já participou. "Fizemos as nossas próprias máscaras, cada um no seu estilo. Foi ótimo e, com certeza, agradeço a oportunidade que a Fundat está nos proporcionando. As assistentes sociais são dedicadas", disse.
Cícera Lima Brito, 62, comentou que o grupo musical soube esquentar a todos. "Dancei até não querer mais. Realmente todos nós revivemos os velhos carnavais. A gente voltou ao passado e esqueceu as dores no corpo", justificou.
