No fim da tarde desta sexta-feira, 15, o prefeito Edvaldo Nogueira assinou a ordem de serviço da reurbanização do calçadão da avenida Beira Mar. A obra, orçada em R$ 4,2 milhões, será realizada com recursos próprios. A previsão para revitalizar o trecho, que vai da ponte de acesso à Coroa do Meio até as proximidades do terminal da Atalaia, é de 240 dias, um recorde para a finalização de uma obra desse porte.
"É com muita satisfação que assino esta ordem de serviço, dessa grande obra que deixará Aracaju ainda mais bonita. Estamos realizando obras em toda a cidade, da Zona Norte à Zona Sul", comentou Edvaldo, relembrando a autorização da construção de 410 casas no bairro Lamarão, assinada esta semana. "Reconstruir o calçadão é um desejo antigo, compartilhado pela população. Daqui a oito meses estaremos aqui novamente, inaugurando com uma grande festa esta obra maravilhosa", antecipou.
O antigo calçadão de pedras portuguesas dará lugar a um espaço moderno, enquadrado nos requisitos de respeito ao meio ambiente, à mobilidade e à utilização racional do espaço público. O projeto inclui pavimentação em meio-fio e concreto; piso tátil; cinco parques infantis; equipamentos de ginástica; 13 mil m² de ciclovia; sinalização; paisagismo e iluminação; e ainda um píer integrado ao manguezal e um deque com equipamentos para a terceira idade, oferecendo ainda mais qualidade de vida à população.
O projeto é assinado pela arquiteta Angélica Rocha, funcionária da Empresa Municipal de Obras e Urbanismo (Emurb). Segundo ela, a obra foi pensada para ser integrada à paisagem local, preservando as características da cidade. "Nós valorizamos a segurança do pedestre, colocando a ciclovia na parte exterior do calçadão, beneficiando a todos que irão circular pelo local. Nos locais onde o calçadão é mais largo, projetamos espaços para o lazer, sempre pensando na utilização racional dos espaços públicos. Essa é uma obra que tem a cara de Aracaju", ressaltou.
Mobilidade
O novo calçadão está de acordo com as necessidades de mobilidade urbana e contempla todas as formas de locomoção, seja ela recreativa ou esportiva. Fabrício Lacerda, coordenador de ciclomobilidade da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), contou que a obra vai suprir uma demanda da cidade e irá integrar duas faixas sem interligação, fato extremamente importante para os ciclistas.
Ainda de acordo com Lacerda, o desenho da obra coloca a ciclovia fora do canteiro central, o que permite um melhor aproveitamento da via, dando mais segurança a todos, sejam eles motoristas, ciclistas ou pedestres. "As pessoas poderão utilizar a ciclovia como via de transporte ou lazer, e usar também as outras estruturas que serão construídas ao longo do calçadão. O pavimento liso que será utilizado para substituir as pedras portuguesas torna o espaço adequado para os ciclistas e para a realização de atividades físicas", analisou.
Os ciclistas e praticantes de atividades físicas estão ansiosos pela conclusão da obra. De acordo com Eduardo Teles, treinador do clube de corrida Zona Alvo, a reforma do calçadão é uma antiga necessidade. "Ao término da obra haverá ainda mais estímulo para que as pessoas pratiquem atividades físicas. A minha expectativa é grande, pois agora poderemos utilizar esse espaço que estava em condições precárias. A obra só tem a agregar, embelezando a cidade e dando utilidade a um ponto crucial que não era explorado", opinou.
