Prefeitura monitora diariamente as áreas de risco

Agência Aracaju de Notícias
25/04/2011 10h02

O prenúncio do período de fortes chuvas desperta a preocupação da Prefeitura de Aracaju com as famílias residentes em áreas de risco. Os meses de abril e maio são marcados pela instabilidade climática, fenômeno típico do período de transição entre as estações de outono para inverno.  O trabalho de conscientização, vistoria e monitoramento das zonas de risco da cidade é realizado regularmente pela Defesa Civil Municipal. O órgão é responsável por atuar de forma preventiva e mobilizar secretarias e unidades municipais na contenção de estragos causados pelas chuvas.

O alerta sobre as informações de instabilidade climática é observado meticulosamente pelos agentes de trabalho da Defesa Civil. "Quando começa a chover, ficamos em estado de atenção para todas as regiões da capital. Em especial, nos locais mais suscetíveis para a ocorrência de deslizamentos e inundações", explica o coordenador municipal da Defesa Civil, Nicanor Moura Neto.

O monitoramento das principais áreas de risco da capital ocorre periodicamente através do Centro de Gerenciamento de Emergência. O seu objetivo é fiscalizar as regiões mais instáveis no período chuvoso, a partir do contato com especialistas e sites voltados para o tema, e posteriormente, atuar de forma preventiva para atenuar possíveis transtornos nas áreas de risco.

Segundo Nicanor Moura, Aracaju possui 15 áreas mais críticas para deslizamento. Os pontos de maior atenção pelas autoridades são os bairros Coroa do Meio, Cidade Nova, Porto D'Anta, Bairro América e Coqueiral. Para as pessoas em área de situação de risco, a Defesa Civil dá algumas recomendações. "Quem mora nestes locais, a gente recomenda que saia imediatamente da residência a qualquer sinal de estalo, rachaduras ou início de desmoronamento", explica.

Integração

A Prefeitura de Aracaju periodicamente desenvolve trabalhos preventivos para evitar a formação de áreas de alagamentos. A limpeza de canais, bueiros e a manutenção das bocas de lobos são algumas medidas de contenção desempenhadas pelo município, através da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). Além disso, mais de 300 vistorias são realizadas todos os anos nos bairros da capital, com o intuito de minimizar as consequências provocadas pelos desastres naturais.

"Aracaju possui 15 bairros com maior risco de deslizamento e 8 bairros com o maior risco de incidência de alagamento. Todos estes locais são supervisionados de perto pela Defesa Civil, em conjunto com outras unidades municipais como a Emurb, Samu, Semasc , Emsurb, e Guarda Municipal. Também é desenvolvido um trabalho conjunto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e o Ciosp que, através do número 190, está em permanente contato com nosso centro de patrulhamento para o caso de acidentes graves causados pelas chuvas", afirma Nicanor.   

Prevenção

Durante o estado de atenção, a Defesa Civil intensifica as ações de vistorias dos pontos de monitoramento, realiza a podagem de árvores de pequeno porte, faz a cobertura de encostas de maior risco com lonas plásticas, desenvolve pequenos serviços de desobstrução de canaletas e drenagens de áreas alagadas. Além disso, as equipes ficam em regime de sobreaviso e em plantões permanentes na sede da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil.

Em locais com grandes riscos de deslizamento, as recomendações sugeridas são de que os moradores prestem atenção ao aparecimento de trincas e rachaduras no solo; inclinações de árvores, postes, cercas ou muros; rachaduras nos pisos ou paredes das casas; rebaixamento de terreno ou surgimento de degraus nas encostas; escorregamento de terra nas proximidades do terreno da residência.

Já nas zonas de alagamento, a redução da infiltração natural do solo impede a eficiente drenagem e absorção da vazão das águas acumuladas. As principais recomendações é que os moradores não joguem lixos em terrenos baldios, ruas e bueiros, além de evitar jogar sedimentos, troncos, móveis e materiais de lixo que impedem o curso do rio e provocam transbordamentos.