Auxiliar na criação de novas fontes de geração de renda, elevar a autoestima e facilitar a inserção de centenas de beneficiários do Bolsa Família e comunidade local no mercado de trabalho. São esses os propósitos que movem a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) por meio do Programa de Inclusão Produtiva, em parceria com a Fundação Municipal do Trabalho (Fundat). Os cursos de informática, artes manuais, cabeleireiro, e cama, mesa e banho, ofertados pelo Inclusão Produtiva, mal acabaram e já estão garantindo a melhoria econômica e social de dezenas de pessoas.
Foram contemplados com o curso de informática o Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) Viver Legal e os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) João de Oliveira Sobral e o Antônio Valença Rollemberg. O curso de artes manuais acontece no próprio Centro de Inclusão Produtiva; já o de cabeleireiro é realizado no Centro Social Urbano Prof. Gonçalo Rollemberg Leite. O Cras Enedina Bonfim ficou responsável pela oficina de cama, mesa e banho.
Na oficina de artes manuais, a comunidade aprendeu a fazer reciclagem com banners e retalhos, a confeccionar de bonecas, mantas para sofá, almofadas, jogos de banheiro, biscui e reciclagem com jornal. No curso de cabeleireiro, muitas alunas já realizam o corte e escova, relaxamento, pintura, luzes e mechas, amaciamento, banho de brilho, banho de óleo, hidratação, cauterização. Na informática, muitos beneficiários, que não conseguiam emprego porque não tinham formação, agora já estão esperançosos e autoconfiantes quanto ao futuro no mercado de trabalho.
Para a coordenadora de Programas e Projetos, e também de Segurança Alimentar da Semasc, Thelma Maria Teles Vieira, o Programa de inclusão Produtiva da Semasc vem contribuindo de maneira efetiva para a emancipação autônoma de famílias beneficiárias do Bolsa Família. "Ele busca promover todo o tipo de ação que possibilite a inserção de indivíduos no mercado de trabalho. Durante os cursos, os alunos identificam suas habilidades e potencialidades fortalecendo a autoestima na busca da melhoria de sua qualidade de vida", explica.
Qualificação
Dona Maria José Hora a mais de três anos participa dos cursos ofertados pelo Programa de Inclusão produtiva. Atualmente inserida no curso de artes manuais, ela diz estar satisfeita e que só tem vontade de se matricular em todos os cursos que surgem. "Estou muito feliz porque sempre aprendo coisas novas em cada curso que aparece pelo programa. Aqui só tenho vontade de permanecer e, com isso, aproveito também para relaxar junto com o grupo", contou alegre.
A instrutora do curso de artes manuais, Ruth de Oliveira, disse que a experiência está sendo única, mesmo já tendo trabalhado a muito tempo nessa área. "Estou achando ótimo, porque a experiência é nova, apesar de estar nessa área por vários anos. Meu objetivo aqui é que realmente elas aprendam porque este é um meio de garantir a sobrevivência", afirmou.
A instrutora do curso de cabeleireiro, Arleide Souza, contou que muitas de suas alunas já estão preparadas para atuar no mercado de trabalho. "Essa é uma experiência maravilhosa e estou muito agradecida porque elas já vão sair em condições de trabalhar com autonomia", pontuou. Dona Lenildes Pereira agradeceu, emocionada, a oportunidade de participar dos cursos. "A partir do Programa eu pude aumentar minha renda e até deu para pagar o INSS", comemorou.
Qualidade de vida
Segundo a instrutora do curso de cama, mesa e banho, Arlinda Feitosa, a Semasc está sendo fundamental para a melhoria da qualidade de vida da população. "Espero que elas entrem rápido no mercado de trabalho. A iniciativa da Semasc é a coisa mais importante que se tem para beneficiar e qualificar a vida da população", elogiou.
Maria Adelma revelou que a informática é fundamental para seu atual emprego. "Estou muito feliz porque o curso só acrescentou na minha vida pessoal e profissional. Ele está ajudando até no meu emprego", vibrou. Mônica Santos da Silva afirmou que o curso aprimorou o conhecimento que ela já havia adquirido sobre o bordado. "Eu aprendi novas técnicas de bordado e estou gostando muito, até estou mais relaxada e fazer um curso assim, perto de casa, é melhor ainda", explicou.
Cidadania
Para a coordenadora do Cras Enedina Bonfim, Elizabete Ribeiro, o sucesso do programa quem faz é a própria comunidade. "Nós fazemos os convites e a sociedade aproveita todas as oportunidades. Essa é uma oportunidade ímpar, principalmente para as mulheres, pois, com a autonomia financeira, elas vão também resgatar a cidadania. É a própria sociedade que transforma o programa num sucesso", revelou satisfeita.