Preservação e cidadania são duas palavras que, muito embora tenham significados diferentes, convergem como sinônimos quando o assunto é qualidade de vida. Na prática, preservar e exercer a cidadania são tarefas que envolvem a participação popular na efetivação de melhorias que contribuem para o bem-estar social, individual e coletivo. Exemplos desta natureza podem ser verificados no cotidiano de pessoas que possuem o hábito de manter a limpeza na porta de suas residências.
É dever da Prefeitura de Aracaju manter a cidade limpa, mas exerce cidadania quem ajuda a mantê-la. "Para que a cidade esteja sempre limpa, o ideal é que as pessoas se conscientizem da necessidade de produzir menos lixo e jogar os resíduos apenas nas lixeiras. Jogar lixo na rua é falta de educação e de respeito com os profissionais que cuidam da limpeza. Além disso, temos que preservar o meio ambiente", expressou o prefeito Edvaldo Nogueira na última sexta-feira na homenagem ao Dia do Gari.
No bairro Santa Maria a moradora Maria da França sempre faz questão de ajudar os garis e margaridas que passam no bairro. Com a vassoura em uma das mãos e uma pá em outra ela recolhe todos os resíduos e não deixa escapar nem mesmo um papel de bala. Um detalhe importante a ser observado é que essa moradora tem 100 anos de idade e se locomove com ajuda de muletas. "Não gosto de sujeira, sempre estou varrendo a rua e dentro na minha casa", afirmou Maria esbanjando cuidado com a limpeza do local onde mora.
Assim como no Santa Maria, em diversos bairros da capital é possível identificar esse afinco dos moradores em manter a beleza de cada rua. Renilde da Costa Mattos, aposentada, moradora do conjunto Leite Neto há 34 anos, também faz questão de ver a porta de sua casa e a dos vizinhos sem nenhuma sujeira. "Não gosto de ver a porta suja e muito menos dentro da minha casa. Quando estou varrendo a rua aproveito também e varro a frente dos vizinhos porque se deixar a sujeira vai se espalhar. Cada uma deveria fazer a sua parte", disse. Renilde ainda elogia os serviços de limpeza executados pela Prefeitura de Aracaju, através dos garis. "Quando as equipes de limpeza passam aqui limpam tudo e não sobra nada pra varrer", brinca.
A moradora Maria Laurinda dos Santos, que há 42 anos reside no bairro Porto D`Anta, é uma cidadã que também se preocupa e contribui com a limpeza da cidade. "Eu sempre varro a porta de casa e coloco o lixo no dia certo para o caminhão de coleta. É muito bom saber que estamos ajudando", coloca. "Os garis sempre estão aqui no bairro fazendo a limpeza. Todas as segundas, quartas e sextas o caminhão de coleta passa para recolher o lixo", registra.
Comprometimento
O comerciante Milton Andrade Bispo e o aposentado Luís dos Santos, ambos moradores do bairro Cidade Nova, são dois exemplos dignos de cidadãos comprometidos. Tenho ciência de que a prefeitura vem fazendo a sua parte, mas acredito também que é dever de cada um ajudar. Fico chateado quando vejo o povo jogando lixo em terrenos baldios", disse o comerciante que faz questão de manter a limpeza estabelecimento impecável para receber os clientes.
Já o aposentado Luís Bispo revela que diariamente utiliza a vassoura de sua casa. "Todos os dias eu limpo a minha casa, dentro e fora. Varro a calçada e até a rua. Mas acho uma riqueza de Deus ver a Prefeitura de Aracaju assim, bem na porta de casa fazendo tudo: limpando, varrendo, capinando. É sinal que vocês estão cuidando bem de mim, viu?", conta o morador.
Dia do Gari
No dia 5 de janeiro de 2004, o Dia do Gari começou a fazer parte do calendário de comemorações oficiais do município de Aracaju, com a aprovação e senção da Lei Municipal 3.150. Desde então, o dia 16 de maio é dedicado aos profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam, lavam e desinfetam as vias públicas. Atualmente, a Prefeitura de Aracaju mantém os serviços de limpeza nas mãos de quase mil garis que trabalham para manter a cidade limpa e bem cuidada.
