Em comemoração aos 10 anos da lei 10.216 - um marco na melhoria do tratamento de portadores de transtorno mental no Brasil - trabalhadores do Centro de Assistência Psicossocial Liberdade, em parceira com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), organizaram uma caminhada pelo movimento antimanicomial. O evento aconteceu na tarde desta terça-feira e contou com a presença de trabalhadores e usuários do Caps Liberdade, assim como familiares que seguiram da Praça General Valadão à Fausto Cardoso.
"Essa foi a forma que os profissionais do Caps encontraram para demonstrar à sociedade a necessidade de se buscar oportunidades de tratamento igualitário para portadores de transtorno mental e manter acesa a luta pela melhoria no tratamento, com a necessidade e a importância do apoio das instituições públicas, da família e de todos nós", disse Karina Cunha, coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial.
O Caps tem sido um importante agente de atenção às pessoas em sofrimento psíquico. Atualmente, Aracaju é uma referencia nacional em tratamento psicossocial, contando com seis Caps que realizam, além do acompanhamento médico, atividades lúdicas e de lazer com seus usuários.
Acolhimento
Para Aragão de Castela, oficineiro do Caps Liberdade, a atuação das equipes multidisciplinares reforça a importância do acolhimento adequado do usuário junto à rede de saúde municipal. "No Caps, além de médicos, temos a atuação de psicólogos, assistentes sociais e técnicos que avaliam e acompanham o paciente. Com essa assistência intensiva, a integração do usuário com a sociedade tem sido possível, e com isso o número casos de internações em clínicas está diminuindo", afirma Aragão de Castela.
Lei Antimanicomial
No dia 18 de maio de 2011, a Lei 10.216/2001 completa 10 anos. Através de suas determinações, tem sido possível a reforma psiquiátrica brasileira que consiste na criação de serviços abertos e comunitários, visando o respeito e a liberdade de direitos de pessoas em sofrimento psíquico. A humanização dos serviços é uma das metas que a lei visa atingir, favorecendo o convívio com a família, chamando a sociedade a rever seus preconceitos sobre a loucura e outros distúrbios.
