Mais uma área de invasão é extinta no Santa Maria

Família e Assistência Social
20/05/2011 15h42
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Quase 300 famílias foram retiradas nesta sexta, 20, da invasão do Marivan, localizada no bairro Santa Maria. Os moradores da área de risco, instalada na margem do canal que corta a região, foram alojados em casas de parentes e de amigos. Apenas algumas famílias foram para o abrigo municipal. Os antigos moradores, que foram cadastrados pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, terão direito ao auxílio-moradia.

Esta é a quarta área de invasão extinta pela Prefeitura de Aracaju neste mês de maio, numa ação preventiva que tem como objetivo oferecer segurança e bem-estar às pessoas que vivem em habitações precárias. "Nós removemos as famílias e concedemos o auxílio-moradia para aquelas que estão cadastradas. Com isso, queremos que, quando as chuvas de inverno vierem, essas famílias estejam seguras, vivendo em casas dignas, livres das inundações e das doenças que as enchentes provocam", explica o secretário de Assistência Social, Bosco Rolemberg.

Já são mais de 500 famílias retiradas de áreas degradantes somente neste mês de maio e mais de 500 auxílios-moradia concedidos nas últimas semanas. No valor de até R$ 300, o benefício permite que as famílias morem em casas de aluguel, que são pagas com recursos próprios da Prefeitura de Aracaju. Segundo o prefeito Edvaldo Nogueira, essa é uma ação inédita.

"O desafio era antigo, mas nunca ninguém teve condições ou coragem de iniciar esse processo, que na realidade representa uma transformação social gigantesca. Retirar famílias de áreas de invasão é algo radical, que muitas vezes causa transtornos e polêmicas, mas era extremamente necessário fazer isso. Todos que foram cadastrados pela Semasc receberão casas. Estamos conduzindo o processo com muito cuidado porque não queremos injustiças", esclarece Edvaldo Nogueira.

Transformação

Algumas famílias da invasão Marivan foram morar com parentes que já estão amparados pelo auxílio-moradia. Foi o caso de Solange Santos, 39 anos, que se mudou para a casa da filha, Ludimila Edna Santos, 21 anos, no bairro São Conrado. Antiga moradora da invasão, Ludimila, mãe de um filho de quatro anos e grávida de outro, já é beneficiária do auxílio-moradia desde o dia 4 de maio.

"Estou vivendo muito bem, à espera da minha casa no bairro 17 de março. Antes, quando eu vivia aqui, era muito ruim porque sofria com as enchentes. A água suja causava doenças em mim e em meu filho, além de destruir sempre tudo o que eu tinha", declarou Ludimila Edna dos Santos. 

A operação de desocupação e transferência das famílias da invasão do Marivan foi comandada pela Secretaria Municipal de Assistência Social, com a participação da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Guarda Municipal, Defesa Civil, SMTT e Samu.