PMA elabora Plano Municipal de Combate à Sífilis Congênita

Saúde
23/05/2011 17h49
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A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode causar abortamento, natimortalidade (fetos que nascem mortos), prematuridade e baixo peso ao nascer. O recém-nascido de mãe com sífilis precisa ser submetido a vários exames e ficar internado por 10 dias ou mais para ser tratado. Para evitar problemas para o bebê, a gestante deve realizar consultas regulares (no mínimo sete) e sempre fazer exames, inclusive o de sífilis.

Para reforçar o combate à doença, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou nesta segunda, dia 23, uma reunião para definição do Plano Municipal para controle da sífilis congênita. A reunião contou com a participação do secretário Silvio Santos, da diretoria da Atenção Primária e Vigilância em Saúde e da diretoria de Gestão do Trabalho Tecnologia da Informação e Suporte ao Serviço de Saúde.

Durante o encontro foram apresentadas informações relativas à forma de transmissão, consequências, diagnóstico, tratamento, dificuldades no controle da sífilis, acompanhamento da pessoa portadora da doença e soluções para o controle. Foram destacadas propostas e ações para conter a doença em Aracaju, como a realização de capacitações das Equipes de Saúde da Família e ampliação dos exames para diagnóstico.

Gestantes

Segundo a coordenadora do Programa da Vigilância em Saúde do município de Aracaju, Cristiani Ludmila, o diagnóstico e o tratamento da doença são simples, mas o principal desafio no controle da doença é a conscientização das mulheres grávidas a respeito da importância do acompanhamento pré-natal adequado.

"A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode passar da gestante para o bebê durante a gravidez. Por isso as gestantes devem estar conscientes que, se for necessário, é preciso que o tratamento seja para o casal, porque não adianta tratar a gestante se o seu companheiro também não se trata. Certamente ela vai se reinfectar durante o restante da gravidez", disse a coordenadora.

Estratégias 

Ainda segundo Cristiani Ludmila, a maioria dos casos constatados de sífilis congênita em 2011 é de mulheres que não faziam acompanhamento pré-natal e só souberam do diagnóstico no momento do parto.

O secretário municipal da Saúde, Silvio Santos, ressaltou a importância do Plano para combater a sífilis congênita. "Essa é uma área que exige ações estratégicas. Contando com a parceria da Secretaria Estadual da Saúde, vamos intensificar esse combate, principalmente na conscientização da população", ressalta Silvio Santos.